WITTGENSTEIN, FORMALISM, AND SYMBOLIC MATHEMATICS
AUTOR(ES)
Nakano, Anderson Luis
FONTE
Kriterion
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-04
RESUMO
RESUMO Em um recente artigo, Sören Stenlund procura alinhar a abordagem de Wittgenstein em relação aos fundamentos e à natureza da matemática com a tradição da matemática simbólica. A caracterização da matemática simbólica feita por Stenlund, de acordo com a qual a matemática é logicamente separada de suas aplicações externas, a aproxima da posição formalista. Isto naturalmente levanta a questão de se Wittgenstein defende uma posição formalista em filosofia da matemática. O objetivo deste artigo é dar uma resposta negativa a esta questão, ao defender que Wittgenstein sempre pensou não haver separação lógica entre a matemática e suas aplicações. Atenção especial será dada às observações de Wittgenstein sobre a aritmética pertencentes ao seu período intermediário, pois é neste período que uma leitura formalista de seus escritos é mais sedutora. Mostrarei como sua ideia de autonomia da aritmética não deve ser comparada à ideia formalista de autonomia, segundo a qual um cálculo é “cortado” de suas aplicações. A autonomia da aritmética, para Wittgenstein, garante ela própria sua aplicabilidade, provendo, assim, sua própria raison d’être.
Documentos Relacionados
- Wittgenstein, o corpo, suas metáforas
- Wittgenstein, medicina e a neuro-psiquiatria
- Sraffa e Wittgenstein, Notas Sobre Teoria Econômica e Jogos de Linguagem
- Explaining school mathematics performance from symbolic and nonsymbolic magnitude processing: similarities and differences between typical and low-achieving children
- Wittgenstein and the end of epistemology.