“Where are the Botocudos?” Anthropological displays and the entanglements of staring, 1882-1883

AUTOR(ES)
FONTE

Hist. cienc. saude-Manguinhos

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/09/2019

RESUMO

Resumo O artigo propõe uma perspectiva complexa sobre as exposições antropológicas do século XIX. Enquanto o foco acadêmico tem se concentrado na recepção dessas exposições ou na ação de performers indígenas, este artigo problematiza outros aspectos e contextos para compreender tanto a posição ambígua de expositores não metropolitanos, como o Brasil, quanto as transformações semânticas nas viagens dos indivíduos expostos. Em 1882, um grupo de ameríndios botocudos foi levado ao Rio de Janeiro e posteriormente exibido no Reino Unido. A presença deles no Rio de Janeiro atraiu muita atenção, deixando efeitos duradouros na cena do entretenimento popular. Quando foram levados para a Europa, contudo, os brasileiros contestaram a ação de observar os botocudos, preocupados em se tornar objeto de voyerismo exótico.Abstract This article proposes an entangled perspective on nineteenth-century anthropological exhibitions. Whereas the existing scholarship mostly focuses on the receiving end of such displays or the agency of indigenous performers, this article argues for more stopovers and contextualization to grasp both the ambiguous position of non-metropolitan exhibitors like Brazil and the semantic transformations of traveling exhibits. In 1882, a group of Botocudo Amerindians was first taken to Rio de Janeiro and later put on display in Britain. Their presence in Rio sparked great interest, with lasting effects on the popular entertainment scene. Yet staring at them became a contested issue once they were taken to Europe, since Brazilians were concerned about becoming an object of Europe’s exoticizing voyeurism.

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