Web-Based Undergraduate Medical Education in a Virtual Learning Environment Using an Original Pedagogical Approach: an Observational Longitudinal Study

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. educ. med.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2019-03

RESUMO

RESUMO Contexto A educação médica assíncrona via web, em Ambientes de Aprendizagem Virtual (AVA), cresceu muito, em virtude de suas diversas vantagens. Há várias configurações e métodos de instrução disponíveis. As propostas existentes são pouco estruturadas e/ou não são efetivamente utilizadas para o ensino de habilidades de diagnóstico para estudantes de graduação em Medicina, no Brasil. É necessário um método instrutivo robusto, com características pedagógicas positivas. Assim, propomos um método pedagogicamente estruturado para AVA, que inclui uma leitura inicial motivadora (Crônica Médica – CM) e um programa de construção de conhecimento, utilizando casos reais juntamente com recursos audiovisuais (Oficina Diagnóstica – OD). Objetivamos verificar a aceitação e a eficácia do método proposto na melhoria da capacidade diagnóstica dos estudantes de Medicina, em longo prazo. Métodos Foi desenvolvido um questionário de opiniões, dois materiais CM/OD e dois questionários de Conhecimento e Habilidades Diagnósticas (CHD) sobre acidente vascular encefálico e epilepsia. Dois grupos de estudantes de Medicina foram acompanhados neste estudo observacional longitudinal, em 2013. Os alunos responderam ao CHD1 e participaram de uma aula teórica tradicional, sobre um dos tópicos. Eles também acessaram um AVA para realizar o método CM/OD sobre um dos dois temas. O mesmo questionário (CHD2 e CHD3) foi aplicado, respectivamente, um mês e cinco-seis meses após o CHD1. Analisamos a média CHD1 de todos os alunos e as médias pareadas nos três momentos, dos que acessaram e daqueles que não acessaram o AVA. O questionário de opiniões foi aplicado e analisado por estatística descritiva. Resultados Oitenta e sete alunos participaram, mas seis foram excluídos por não responderem a todos os questionários. A média geral do CHD1 foi de 1,59 (desvio-padrão 0,71). Dos 81 participantes, 66 (81,5%) acessaram o AVA, mostrando melhora significativa nas habilidades de diagnóstico no CHD2 (média 5,65, p <0,05) e CHD3 (média 4,57, p < 0,05), com variações não significativas para aqueles que não acessaram. A CM foi considerada pelo menos boa para 62 alunos (94%), e 52 alunos (78,8%) julgaram que o gabarito disponível foi suficiente para sanar todas as dúvidas da OD. Conclusões O método CM/OD no AVA provou ser eficaz para melhorar a capacidade de diagnóstico dos estudantes de graduação em Medicina, em longo prazo, e foi bem aceito pelos alunos. Ele apresenta várias características pedagógicas positivas e pode ser replicado.ABSTRACT Background Asynchronous Web-based Medical Education in Virtual Learning Environments (VLEs) has grown steadily because of its many advantages. Various configurations and instructional methods are presently available. The existing proposals are poorly structured and/or not very effectively used for teaching diagnostic skills to undergraduate medical students in Brazil. A robust instructional method with positive pedagogical characteristics is needed. Thus, we have proposed a pedagogically-structured method for VLEs that includes a motivating initial reading (Medical Chronicle – MC), and a knowledge building program, using real cases coupled with audiovisual resources (Diagnostic Workshop – DW). We aimed to verify its acceptance, as well as the efficacy of the MC/DW method in improving the diagnostic ability of medical students, in the long term. Methods An opinion survey, two MC/DW materials and two Knowledge and Diagnostic Skills (KDS) questionnaires on stroke and epilepsy were developed, and two medical student groups were followed up in this 2013 longitudinal observational study. The students answered a KDS1, and attended a traditional lecture on one of the topics. They also accessed a VLE to apply the MC/DW method on stroke or epilepsy. We applied the same questionnaire (KDS2 and KDS3, respectively), one month and 5-6 months after the KDS1. We analyzed the mean KDS1 score of all the students, and the mean pairwise of those who accessed and those who did not access the VLEs during these three stages. An opinion survey was applied, and the results were analyzed by descriptive statistics. Results 87 students participated in the study, but six were excluded as they did not answer the questionnaires. The KDS1 general mean score was 1.59 (SD0.71). We found that 66 students (81.5%) accessed the VLE, showing a significant improvement in diagnostic skills in the KDS2 (mean5.65, p<0.05) and KDS3 (mean 4.57, p<0.05), with non-significant variations for those who did not access it. The MC was considered at least good for 62 students (94%), with 52 students (78.8%) finding that a checklist was sufficient to clear up all their DW doubts. Conclusions The MC/DW method in VLE proved to be effective for improving the diagnostic capability of the undergraduate medical students in the long term, and it was well accepted by the students. It presents several positive pedagogical characteristics and can be replicated.

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