Vulnerabilidade e não-adesão à terapia antiretroviral, Minas Gerais, Brasil
AUTOR(ES)
Bonolo, Palmira de Fátima, Machado, Carla Jorge, César, Cibele Comini, Ceccato, Maria das Graças Braga, Guimarães, Mark Drew Crosland
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-11
RESUMO
Este estudo teve como objetivos descrever os perfis de vulnerabilidade e verificar suas associações com a não-adesão à terapia anti-retroviral (TARV) entre os 295 pacientes com HIV que recebiam suas primeiras prescrições em dois serviços públicos de referência de Minas Gerais, Brasil. A incidência cumulativa de não-adesão foi 36,9%. Foram identificados três perfis puros de vulnerabilidade (baixa, média e alta) baseados no método Grade of Membership (GoM). Os tipos puros de pacientes do perfil de "alta vulnerabilidade" tinham, comparados aos outros, probabilidade maior de serem jovens, de não perceberem a necessidade da TARV, de terem uma razão pessoal para realização do teste HIV, de não terem revelado seu status HIV, de terem mais de um (não fixo) parceiro sexual, de relatarem uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas e sexo entre homens. Não-adesão à TARV foi associada significativamente a esse perfil (p < 0,001). A heterogeneidade da amostra foi alta, pois mais de 40% dos pacientes eram tipos mistos. Conclui-se que os profissionais de saúde devem ser treinados para desenvolverem estratégias e intervenções de redução de risco, considerando as três dimensões da vulnerabilidade e a diversidade desses pacientes iniciando a TARV.
ASSUNTO(S)
hiv terapia anti-retroviral de alta atividade vulnerabilidade
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