Voto estratégico e coordenação eleitoral testando a Lei de Duverger no Brasil
AUTOR(ES)
Guarnieri, Fernando
FONTE
Rev. bras. Ci. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-10
RESUMO
Em 1951 Maurice Duverger propôs que o número de partidos em um sistema partidário era uma função dos efeitos “mecânicos” e “psicológicos” das leis eleitorais que regiam aquele sistema. Mais especificamente, escrutínios majoritários de turno único levariam ao bipartidarismo e escrutínios proporcionais levariam à multiplicação de partidos. Durante mais de 60 anos as proposições de Duverger foram criticadas, estendidas e testadas por inúmeros pesquisadores em diversos países. No entanto, surpreendentemente, no Brasil este debate teve pequena repercussão, sobretudo no que tange às eleições majoritárias. Neste artigo procuro preencher essa lacuna utilizando testes que permitem identificar os efeitos da Lei de Duverger nas eleições majoritárias brasileiras e o quanto esses efeitos dependem da ação estratégica dos eleitoresvis-à-vis as estratégias das elites partidárias.
ASSUNTO(S)
lei de duverger partidos coordenação eleitoral voto estratégico eleições
Documentos Relacionados
- AS ELEIÇÕES DOS ANOS 1930: COORDENAÇÃO PRÉ-ELEITORAL EM TEMPOS DE VOTO SECRETO
- Educação, classe, gênero e voto no Brasil imperial: Lei Saraiva - 1881¹
- E se o voto fosse facultativo? Expectativas de participação eleitoral voluntária no Brasil e o papel do status socioeconômico
- Voto e fecundidade no Brasil: o efeito do processo eleitoral durante o regime militar sobre a mudança de comportamento reprodutivo brasileiro
- “Conexão Eleitoral”, geografia do voto e produção legislativa: um estudo de caso