VOLUMETRIC CAPNOGRAPHY FOR RESPIRATORY MONITORING OF PATIENTS DURING ROUTINE COLONOSCOPY WITH ROOM-AIR AND CARBON DIOXIDE INSUFFLATION

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

RESUMO Contexto: A capnografia e a insuflação de gás carbônico (CO2) durante endoscopia digestiva sob sedação são associados à maior segurança e conforto do paciente, respectivamente. A capnografia pode detectar precocemente a apneia e hipoxemia, enquanto a insuflação de CO2 causa menor desconforto periprocedimento. Relatos da aplicação da capnografia volumétrica em colonoscopias são escassos. Objetivo: Avaliar o uso de capnograifa volumétrica durante colonoscopia diagnóstica com insuflação de ar comprimido e CO2. Métodos: Em estudo prospectivo de coorte, foram incluídos um total de 101 pacientes submetidos a colonoscopia diagnóstica sob sedação com monitoração respiratória por meio de capnografia volumétrica. Insuflação com ar comprimido foi usado para distender o lúmen intestinal no Grupo 1 (n=51), enquanto o Grupo 2 (n=50) utilizou CO2 para insuflação. Objetivos primários foram avaliar episódios de hipóxia, hipoventilação alveolar e CO2 expirado (EtCO2). Objetivos secundários foram avaliar o volume alveolar por minuto, consumo de sedativos e a dor pós-colonoscopia por meio da Escala de Dor Modificada de Gloucester. Resultados: O número de episódios de hipóxia (SpO2 <90%) foi semelhante entre os grupos: quatro episódios no Grupo 1 e dois episódios no Grupo 2. A duração da hipóxia foi significativamente maior no Grupo 2 (P=0,02). A hipoventilação alveolar (EtCO2 ≥25% do valor basal) ocorreu mais frequentemente no Grupo 2 quando comparado ao Grupo 1 (27 vs 18 episódios, P=0,05). Em relação ao EtCO2, o Grupo 2 apresentou valores maiores no momento de aferição cecal (28.94±4.68 vs 26.65±6.12 mmHg, P=0,04). Quanto ao volume alveolar por minuto, o Grupo 2 apresentou valores significativamente menores no momento de aferição cecal quando comparado ao Grupo 1 (2027.53±2818.89 vs 970.88±1840.25 L/min, P=0,009). Não houve ocorrência de hipercapnia durante o estudo (EtCO2 >60 mmHg). Não houve diferença em relação ao consumo de sedativos entre os dois grupos. Imediatamente após a colonoscopia, o Grupo 2 apresentou significativamente menos dor que o Grupo 1 (P=0,05). Conclusão: Em nosso estudo, a capnografia volumétrica durante colonoscopia foi factível e eficaz para monitorar parâmetros ventilatórios e detectar complicações respiratórias, e a insuflação com CO2 foi segura e associada a menor dor imediatamente pós-colonoscopia.

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