Volume Plaquetário Médio Como Preditor de Desfechos Cardiovasculares Maiores e Fluxo Coronariano Final em Pacientes Submetidos à Intervenção Coronária Percutânea Primária
AUTOR(ES)
Bergoli, Luiz Carlos Corsetti, Castanho, Eliza Schuck, Gonçalves, Sandro Cadaval, Wainstein, Rodrigo V., Piardi, Diogo, Araújo, Gustavo, Mossmann, Márcio, Krepsky, Ana Maria, Wainstein, Marco V.
FONTE
Rev. Bras. Cardiol. Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-09
RESUMO
Introdução: As plaquetas desempenham papel fundamental na fisiopatologia do infarto agudo do miocárdio. Existem evidências de que plaquetas de maior volume apresentem potencial pró- -trombótico aumentado. O objetivo deste estudo foi avaliar se o volume plaquetário médio pode predizer o fluxo coronariano do vaso tratado e os desfechos cardiovasculares adversos em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST submetidos à intervenção coronária percutânea primária. Métodos: Desfecho primário foi considerado como a ocorrência de eventos cardiovasculares adversos (morte, acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, trombose de stent, angina e insuficiência cardíaca classes 3 ou 4) em 30 dias. Desfecho secundário foi avaliado por meio da análise angiográfica do fluxo TIMI pós-procedimento. Resultados: Dos 215 pacientes incluídos no registro de intervenção coronária percutânea primária, 168 (78,6%) tiveram volume plaquetário médio calculado antes do procedimento e foram analisados no presente estudo. Valores do volume plaquetário médio foram estratificados em tercis, sendo considerado um valor elevado > 11 fentolitros (fl). Volume plaquetário médio > 11 fl foi preditor independente de eventos cardiovasculares em 30 dias (p = 0,02). Observou-se que pacientes com fluxo final TIMI zero ou 1 demonstraram tendência a apresentar volume plaquetário médio maior em relação àqueles com fluxo final TIMI 2 ou 3 (11,3 ± 0,9 fl vs. 10,5 ± 1,3 fl; p = 0,06). Conclusões: O volume plaquetário médio basal é um marcador simples, de fácil aferição e útil para predizer risco de eventos cardiovasculares em 30 dias em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST submetidos à intervenção coronária percutânea primária. Estudos futuros podem responder se a terapia antitrombótica mais agressiva resulta em melhores desfechos angiográficos e/ou clínicos nos pacientes com plaquetas maiores e mais ativas.
ASSUNTO(S)
infarto do miocárdio intervenção coronária percutânea volume plaquetário médio
Documentos Relacionados
- Desfechos hospitalares em pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea primária versus de resgate
- Preditores de insucesso de tromboaspiração em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea primária
- Desfechos clínicos em 30 dias dos pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea eletiva com alta no mesmo dia
- Características psicológicas dos pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea
- Estado de saúde percebido e adesão farmacológica em pacientes submetidos à intervenção coronária percutânea