Volume cerebelar em pacientes com demência
AUTOR(ES)
Baldaçara, Leonardo, Borgio, João Guilherme Fiorani, Moraes, Walter André dos Santos, Lacerda, Acioly Luiz Tavares, Montaño, Maria Beatriz Marcondes Macedo, Tufik, Sérgio, Bressan, Rodrigo Affonseca, Ramos, Luiz Roberto, Jackowski, Andrea Parolin
FONTE
Rev. Bras. Psiquiatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
08/04/2011
RESUMO
OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi examinar o volume cerebelar em indivíduos em diferentes fases da doença de Alzheimer e investigar se sua redução estaria relacionada com o declínio cognitivo. MÉTODO: Noventa e seis indivíduos de um estudo epidemiológico foram submetidos à ressonância magnética e avaliados por meio do Mini Exame do Estado Mental e do Questionário de Atividades Funcionais. Os sujeitos foram divididos em cinco grupos de acordo com a Escala de Gravidade da Demência. Vinte e seis indivíduos do grupo original que não tinham o diagnóstico de demência no início do estudo foram reavaliados após dois anos para detectar o desenvolvimento da doença. RESULTADOS: Os volumes dos hemisférios cerebelares, lobo cerebelar posterior, vermis e lobo temporal estavam diminuídos proporcionalmente à gravidade da doença. Houve correlações positivas e significativas entre o Questionário de Atividades Funcionais, Mini Exame do Estado Mental e seus respectivos subtestes para linguagem e atenção com os volumes do lobo temporal e cerebelar. A análise de regressão logística demonstrou que o volume reduzido do lobo temporal, lobo cerebelar posterior e vermis pode ser um fator de risco para o futuro desenvolvimento de demência. CONCLUSÃO: Este é o primeiro estudo que demonstrou que o volume do cerebelo pode estar reduzido na fase pré-demência e reforça o papel dessa estrutura na progressão da doença de Alzheimer. Considerando que o cerebelo pode não estar diretamente associado com a origem da doença de Alzheimer, este achado tem valor para o prognóstico.
ASSUNTO(S)
cerebelo estudos epidemiológicos demência doença de alzheimer avanço da doença
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