Vivendo a morte dos outros: reconfigurações da morte na pandemia da Covid-19

AUTOR(ES)
FONTE

Horiz. antropol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

Resumo Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde classificou a emergência da Covid-19 em termos de pandemia, uma decisão que seguiu o reconhecimento tanto da letalidade do vírus quanto do seu potencial de transmissibilidade. Nesse contexto, o papel desempenhado pelas categorias de óbito e contágio não pode ser ignorado. De um lado, contágio age como uma categoria transgressora que é fonte de rupturas sócio-políticas e catalisadora de novas formas de sociabilidade. Pelo outro lado, a efetividade e poder de persuasão do óbito enquanto realidade quantificável acaba por ofuscar a morte como experiência vivida. Nesse sentido, o presente artigo explora como a relação entre contágio e mortalidade, bem como a resposta articulada à pandemia, causou uma ruptura na morte enquanto experiência vivida, reorganizando os meios pelos quais ela é gerenciada e produzida através do trabalho de um segmento profissional.

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