Vivenciando a internação do filho prematuro na UTIN: (re)conhecendo as perspectivas maternas diante das demandas neonatais / Living through the hospitalization of the premature child in the neonatal-ICU: recognizing the maternal perspectives facing
AUTOR(ES)
Bárbara Bertolossi Marta de Araújo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
As experiências vivenciadas como profissional, no cotidiano da UTIN, com mães de bebês prematuros suscitou o desejo de compreender a ação intencional destas mulheres em permanecer no alojamento de mães durante a internação do filho. O estudo teve como objeto o Vivido da permanência das mães na unidade hospitalar durante a internação do filho prematuro na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal de um Hospital Maternidade Municipal do Rio de Janeiro e o objetivo de apreender o motivo para da mãe permanecer na unidade hospitalar durante a internação do filho prematuro. Adotou-se como suporte metodológico a fenomenologia Sociológica de Alfred Schütz, buscando a apreensão na relação face a face e através da intersubjetividade, a intencionalidade da mãe acompanhante em permanecer no alojamento durante a internação do filho, como uma ação social. Esta corresponde a uma ação projetada, dotada de significados subjetivos que podem ser dirigidas para o passado, presente ou futuro. O motivo para instiga a realização da ação direcionada para o futuro e o motivo porque está presente nas realizações passadas, podendo influenciar nas ações presentes, pois não são esquecidos. Foram sujeitos da pesquisa, 12 (doze) mães de recém-nascidos prematuros que permaneceram no Alojamento de Mães durante a internação do filho. A Entrevista Fenomenológica foi a técnica utilizada para captar a ação intencional, que consistiu de três questões orientadoras: O que você tem em vista quando aceita ficar no alojamento de mães? Como é sua vivência no alojamento de mães? e Como tem sido a sua vida após a decisão de estar no alojamento de mães? A análise teve como base a apreensão do motivo para que possibilitou captar o sentido da ação desta mãe em permanecer na unidade hospitalar durante a internação do filho prematuro, expresso através das categorias: Cuidar do filho: enfrentando o grande desafio de ter um pequeno bebê; Ficar perto do filho prematuro: a presença materna contribuindo para a recuperação mais rápida; e, Apoiar e Ajudar uma a outra: a esperança reforçada a cada dia; e, o motivo porque surgiu a partir do contexto vivencial dessas mães durante a hospitalização dos filhos na UTIN, compreendendo que a presença materna está ligada ao papel de ser mãe, socialmente construído e inserido em seus mundo-vidas. Este estudo possibilitou refletir sobre a criação de um grupo de apoio a essas mães, no que se refere a propiciar assistência psicológica, atividade de lazer, trocas de experiências entre aquelas mães que vivem e as que já viveram este drama da internação do filho, bem como reunião de mães e pais com o intuito de facilitar as relações familiares para superar as dificuldades desse momento. Ressalta-se também a necessidade de valorizar esta mãe como mulher e cidadã, proporcionando apoio para as visitas de familiares, oferecendo melhores instalações e condições adequadas para a permanência de forma sadia.
ASSUNTO(S)
recém-nascido prematuro alojamento de mães mãe e filhos enfermagem neonatal enfermagem tratamento intensivo neonatal mãe-acompanhante schutz, alfred, 1899-1959 mothers hospital boarding fenomenologia acompanhantes de pacientes new-born premature phenomenology supporting-mother neo-natal nursing
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=756Documentos Relacionados
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