Viva a mandioca: a verdadeira face do Brasil.

AUTOR(ES)
FONTE

Amazônias- Portal Gente de Opinião

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

Temos bons motivos para comemorar em 22 de abril os 510 anos de vida deste País. Na sua chegada ao Brasil, em 1553, o Padre José de Anchieta viu a importância da mandioca e logo a batizou de pão da terra ou pão dos trópicos. Quando Pero Vaz de Caminha escreveu a primeira carta ao Rei de Portugal, comunicou-lhe que a raiz brasileira já existia e fazia sucesso entre os indígenas. Ao referir-se aos nativos disse: "São tão rijos, tão nédios que não o somos tanto, com tanto trigo e legumes que comemos". "Eles não comem senão doutra coisa a não ser dum inhame que brota da terra", completou. Era a mandioca, "o pão do Brasil", o aipim, a macaxeira, desconhecida do colonizador europeu que sabia de algo semelhante, o inhame, proveniente das colônias da África portuguesa. O deputado Fernando Melo (PT-AC) está apresentando na Câmara um projeto de lei que cria o Dia Nacional da Mandioca, a ser lembrado a cada ano, na mesma data do Descobrimento do Brasil. Isso anima a todos os que se dedicam ao resgate dessa cultura em lugares onde ela "adormeceu" ou foi atropelada por grãos de exportação. Atualmente, a mandioca (Manihot esculenta Crants) está presente no dia-a-dia de 80 países e representa uma das principais explorações agrícolas do mundo. Colhem-se 170 milhões de toneladas/ano. Entre as tuberosas, ela perde apenas para a batata. A África é o maior produtor mundial com 53,32%, seguido pela Ásia (28,08%), Américas (18,49%) e Oceania (0,11%).

ASSUNTO(S)

mandioca manihot cassava

Documentos Relacionados