Vitrificação de oócitos imaturos de eqüinos : características morfológicas ultra-estruturais e maturação nuclear in vitro / Vitrification of immature equine oocytes: ultra structural morphologic characteristics and nuclear in vitro maturation

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Os objetivos do presente estudo foram: 1) analisar características morfológicas ultra-estruturais em oócitos eqüinos submetidos à vitrificação; 2) avaliar a maturação nuclear in vitro (MIV) de oócitos eqüinos vitrificados em soluções contendo bloqueadores sintéticos da formação de gelo (SIB); 3) considerar a influência das características das células do cumulus-oophorus no momento da coleta sobre a maturação nuclear in vitro. Foram utilizados complexos cumulusoócito obtidos de ovários provenientes de éguas de abatedouro. No primeiro experimento 30 oócitos foram divididos em 3 grupos: Grupo controle (G1, n=10); Grupo 2 (G2, n=10), vitrificados após exposição de 3min em VS-1 e 1min em VS-2; Grupo 3 (G3, n=10), exposição por 1,5min à VS-1 e 30s à VS-2. A vitrificação foi realizada em palhetas abertas estiradas (OPS). As características ultra-estruturais foram observadas em microscópio eletrônico de transmissão, sendo os oócitos classificados em três categorias: I) Oócitos sem alterações; II) oócitos com alterações intermediárias e III) oócitos com alterações severas. No segundo experimento, oócitos cumulus compacto (Ccp; n=248) e cumulus expandido (Cex; n=264) foram divididos em três grupos: Controle, Tratamento-1 (T1 - Etilenoglicol-EG + Dimetilsulfóxido-DMSO + SIB) e Tratamento-2 (T2 - formamida + EG + DMSO + Polivinilpirrolidona + SIB). O grupo controle foi MIV imediatamente após a coleta, o restante foi vitrificado imaturo em OPS e submetido a MIV após o reaquecimento. O estágio de maturação após incubação foi avaliado em microscópio de fluorescência (Hoechst 33342). Na avaliação de ultra-estrutura foram classificados no escore I 80% oócitos G1, 30% do G2 e 60% do G3; Classificação II: 0% dos oócitos G1, 20% do G2 e 30% do G3; e Classificação III: 20% dos G1; 50% do G2 e 10% do G3. Na avaliação da maturação, o índice de oócitos que atingiram MII foi 41% Controle, 38,3% T1 e 33,3% T2 (P>0,05). Nos oócitos do grupo controle, o índice de MII foi superior em oócitos Cex (53,2%) do que oócitos Ccp (29,3%; P<0,05). A avaliação da influência das características das células do cumulus na vitrificação não detectou diferença (P>0,05). Contudo oócitos Cex obtiveram maiores índices de MII do que oócitos Ccp em T1 (50% vs 27,3%) e T2 (45,7% vs 21,6%). Pode-se concluir que a diminuição do período de exposição às soluções de vitrificação resultou em melhor preservação das características ultra-estruturais de oócitos eqüinos submetidos à vitrificação. Oócitos eqüinos imaturos podem ser MIV após vitrificação/reaquecimento, obtendo índices satisfatórios de MII. As características das células do cumulus, no momento da coleta, não interferem no índice de maturação nuclear in vitro de oócitos eqüinos após vitrificação.

ASSUNTO(S)

eqüinos oócitos equine biotecnologia reproducao animal oocytes veterinária ivm biotechnology veterinary ultra-estrutura vitrification ultra structure miv vitrificação

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