Vitrificação de blastocistos mus domesticus domesticus expostos à solução crioprotetora com dimetilformamida e envase em microcapilares produzidos industrialmente

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Os objetivos dos experimentos foram primeiro testar a presença da dimetilformamida (DF) nas soluções crioprotetoras e segundo avaliar a viabilidade in vitro pós aquecimento de blastocistos Mus domesticus domesticus vitrificados em microcapilares manufaturados industrialmente. O primeiro experimento testou a capacidade de vitrificação das diferentes soluções de vitrificação, compostas pelas combinações de etileno glicol (EG) ou 1-2 propanediol (PROH) com as diferentes porcentagens de DF. No segundo experimento se testou a toxicidade de 3 soluções de equilíbrio: ES1 (PBSm + 10% PROH + 10% DF + 0.5% PVA), ES2 (PBSm+ 10% EG+ 10% DF + 0.5% PVA), ES3 (PBSm + 10% PROH + 10% EG + 0.5% PVA), através da exposição dos embriões durante 3 períodos de tempo (1, 3 e 10 min). O cultivo in vitro após a exposição às soluções de equilíbrio foi realizado em meio de KSOM durante 72 h. Os resultados de re-expansão foram semelhantes entre as três soluções, quando os embriões foram expostos por 1 ou 3 min. Por outro lado, a exposição à ES3 por 10 min, revelou uma maior taxa de sobrevivência dos embriões, em relação às outras soluções testadas. No terceiro experimento, após expor-se os embriões às soluções de equilíbrio, ES1, ES2 e ES3 por 1 min, a vitrificação foi realizada utilizando-se as seguintes soluções: VS1 (PBSm + 20% PROH + 20% DF + 0.5% PVA); VS2 (PBSm + 20% EG + 20% DF+ 0.5%PVA) and VS3 (PBSm + 20% EG + 20% PROH + 0.5% PVA). Imediatamente após a exposição por 30 s às soluções de vitrificação os embriões foram envasados em micropipetas de vidro (GMPs) e mergulhados em nitrogênio líquido superresfriado. As GMPs foram aquecidas no ar durante 10 s e após os embriões foram expostos durante 5 min ao PBSm + 0,25 M sacarose a 37 °C, finalmente transferidos para gotas de meio KSOM e cultivados in vitro durante 72 horas. As taxas de re-expansão dos embriões após o cultivo in vitro foram as seguintes: ES1/VS1 = 12% (13/108); ES2/VS2 = 38% (46/111) e ES3/VS3 = 84% (89/105). A eclosão dos embriões observada após o cultivo in vitro foi de: ES1/VS1 = 3% (3/108); ES2/VS2 = 17% (19/111) e ES3/VS3 = 70% (73/105). As taxas de sobrevivência revelaram que a presença da dimetilformamida na solução crioprotetora reduz a viabilidade embrionária e que a associação de EG + PROH é eficiente na manutenção da viabilidade embrionária após a vitrificação. O segundo artigo descreve os experimentos de vitrificação, utilizando-se para o envase dos embriões um microcapilar de vidro (GMC), produzido industrialmente (Brand®). Blastocistos murinos após a coleta foram divididos em três grupos: Controle, embriões cultivados in vitro em KSOM por 72 horas; Grupo 1, vitrificados envasados em micropipetas de vidro (GMPs) esticadas manualmente; Grupo 2, vitrificados envasados nas GMCs (Brand® - 5 µL). O procedimento de vitrificação foi o seguinte: primeiro os embriões foram expostos à solução de equilíbrio (PBSm + 10% EG + 10% PROH and 0.5% PVA) por 1 min e após transferidos para a solução de vitrificação (PBSm + 20% EG + 20% PROH + 0.5% PVA) por 30 s, envasados nas GMPS ou GMCs e imediatamente mergulhados em nitrogênio superresfriado. As taxas de sobrevivência dos embriões após o aquecimento e cultivo in vitro, não apresentaram diferenças significativas entre os grupos. O envase dos embriões nas GMCs proporcionou sobreviênvia embrionária similar à observada nos embriões envasados nas GMPs.

ASSUNTO(S)

mouse reprodução animal blastocyst vitrificacao embriao vitrification dimethylformamide glass micro-capillaries

Documentos Relacionados