Violência urbana: um desafio para o pediatra

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pediatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-11

RESUMO

OBJETIVOS: Apresentar os principais aspectos da abordagem da criança e do adolescente vítima de violência urbana e destacar o papel do pediatra nas ações socioeducativas para o seu enfrentamento. FONTES DOS DADOS: Busca bibliográfica em base de dados MEDLINE, LILACS e SciELO, no período de 1993 a 2005, utilizando as palavras-chave "violência urbana em crianças e adolescentes". Políticas e relatórios institucionais sobre violência urbana também foram utilizados. SÍNTESE DE DADOS: Apresenta-se uma discussão sobre a relação causal da violência, partindo de um enfoque pessoal até chegar a uma visão macroestrutural. A literatura sugere que a violência urbana seja um produto da ação de determinantes pertencentes à várias instâncias e também de comportamento de risco específico. Trata-se de um fenômeno complexo, preocupante, que apresenta elevados índices de morbimortalidade em crianças e adolescentes. Especial atenção foi dada aos homicídios e aos desfechos psicológicos decorrentes de atos violentos. A arma de fogo é o instrumento que mais mata os adolescentes e jovens do sexo masculino, mesmo quando comparada com todas as outras causas de óbito nessa faixa etária. CONCLUSÕES: A violência urbana é um dos principais problemas sociais no Brasil. Sua prevenção exige ações intersetoriais e multiprofissionais, com a participação articulada do Estado e da sociedade civil. Através de uma prática assistencial ampliada, os pediatras são capazes de atuar na prevenção, detecção e tratamento das vítimas e suas famílias, ajudando-as a estabelecer relações saudáveis e dinâmicas com seu ambiente e com elas próprias.

ASSUNTO(S)

crianças adolescentes homicídios armas de fogo

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