Violência infantil: uma análise das notificações compulsórias, Brasil 2011
AUTOR(ES)
Rates, Susana Maria Moreira, Melo, Elza Machado de, Mascarenhas, Márcio Dênis Medeiros, Malta, Deborah Carvalho
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
Este artigo tem por objetivo analisar notificações de violências contra crianças entre 0 a 9 anos, registradas pelos serviços públicos de saúde no Brasil. Utilizaram-se os dados do Sistema da Vigilância de Violências e Acidentes (Viva/SINAN); foram calculadas frequências de variáveis selecionadas segundo grupo etário (0 a 1; 2 a 5, 6 a 9 anos) e Razões de Prevalências. Foram notificados 17.900 casos, 33% no grupo de 0 a 1, 35,8% no de 2 a 5 e 31,2% no de 6 a 9 anos. Violência física predominou nos meninos (RP: 1,22; IC95%: 1,16-1,28), de 6 a 9 anos (RP: 1,19; IC95%:1,12-1,27). Violência sexual predominou em meninas, cor parda/preta (RP: 1,12; IC: 95%: 1,06-1,19), de 6 a 9 anos (RP: 4,63; IC 95%: 4,22-5,08) e com maior chance de ocorrer no domicilio (RP: 1,38; IC: 95%: 1,29-1,48); violência psicológica prevaleceu em meninas, de cor parda/preta (RP: 1,10; IC 95%: 1,03-1,18), de 6 a 9 anos (RP: 2,95; IC 95%: 2,69-3,23), no domicilio (RP: 1,40; IC 95%: 1,29-1,53); negligência predominou em meninos (RP: 1,33; IC 95%:1,27-1,39), 0 a 1 ano; os pais foram os autores mais prevalentes. Os resultados apontam a necessidade do fortalecer ações intersetoriais visando ampliar a rede de proteção social.
ASSUNTO(S)
violência doméstica abuso infantil epidemiologia notificação de violência
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