Violência física entre parceiros íntimos: um obstáculo ao início do acompanhamento da criança em unidades básicas de saúde do Rio de Janeiro, Brasil?
AUTOR(ES)
Silva, Aline Gaudard e, Moraes, Claudia Leite, Reichenheim, Michael Eduardo
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-07
RESUMO
O objetivo do trabalho foi avaliar se a violência física entre parceiros íntimos é um fator de risco para o início tardio do acompanhamento da criança em unidades básicas de saúde (UBS). Trata-se de um estudo transversal que incluiu 927 mães/bebês com até seis meses de vida, atendidos em 27 UBS no Município do Rio de Janeiro, Brasil. Ter ido pela primeira vez à UBS após 60 dias de vida foi considerado o desfecho de interesse. Interações entre violência física entre parceiros íntimos, trabalho materno e qualidade do pré-natal foram exploradas utilizando-se a regressão logística multivariada. A violência física entre parceiros íntimos nos primeiros seis meses de vida da criança foi um fator de risco independente para o início tardio do acompanhamento da criança em mulheres que não tinham ocupação formal (OR = 3,1; IC95%: 1,5-6,3) e naquelas que não haviam realizado um pré-natal adequado (OR = 4,8; IC95%: 2,4-9,5). Os resultados apontam para a necessidade de qualificação dos profissionais de saúde para rastrear situações de violência física entre parceiros íntimos no pré-natal e na puericultura, visando ao seu enfrentamento e à promoção de uma adequada assistência materno-infantil.
ASSUNTO(S)
violência doméstica saúde materno-infantil cuidado da criança serviços de saúde
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