Violência e processo civilizatório : excesso, limite, mal-estar

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente trabalho empreende uma interpretação do mal-estar no processo civilizatório e de sua atuação na forma de violência na atualidade. Indica que o ingrediente fundamental da Modernidade é o movimento, a circulação. Aponta a inscrição da Modernidade como uma nova organização psíquica que necessariamente introduz uma subjetividade outra que não se define pelo mundo em que se encontra, mas pelo que encontra no mundo, o que faz, o que transforma. Constata que tal inscrição subjetiva se faz, irremediavelmente, pelo signo da violência: seja a violência fundante seja a violência da ordem do gozo, do abuso, do aniquilamento do outro, da crueldade. Ressalta que este duplo encargo da violência aponta a existência de um excesso que acaba por se manifestar em todos os espaços. Revela a impossibilidade de contenção desta força. Sinaliza, no entanto, a possibilidade de sua gestão ética convidando a insistir no valor do desejo como forma de não sucumbir à barbárie.

ASSUNTO(S)

civilizaÇÃo moderna violÊncia (direito) direito cultura - brasil direito

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