Violência e problemas de saúde mental entre adolescentes mexicanos que têm considerado ou tentado migrar internacionalmente

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/07/2017

RESUMO

O objetivo deste estudo foi estimar o papel de vitimização por violência entre adolescentes mexicanos que consideraram ou tentaram migrar para os Estados Unidos, incluindo variáveis de saúde mental (autoestima emocional, autoestima na escola, depressão, ideação suicida e tentativa de suicídio) como mediadores dos efeitos. O estudo utilizou um desenho transversal com uma amostra estratificada por conglomerados de 13.198 adolescentes da 2ª Pesquisa Nacional sobre Exclusão, Intolerância e Violência nas escolas públicas mexicanas em 2009. A análise utilizou os modelos de regressão proposto por Baron & Kenny. A prevalência de ter considerado ou tentado migração internacional foi de 23,1%. A idade média foi de 16,36 anos. Adolescentes do sexo feminino constituíram 54,9% da amostra e 56% eram de classe socioeconômica baixa. Variáveis de saúde mental que atuavam como mediadores parciais foram: ideação suicida (35,9%), depressão (19,2%), tentativa de suicídio (17,7%), autoestima emocional (6,2%) e autoestima na escola (3,4%) para violência familiar moderada, autoestima emocional (17,5%) para a rejeição social na escola e ideação suicida (8,1%) para danos físicos na escola. Encontrou-se maior impacto de mediadores entre adolescentes femininas do que em adolescentes masculinos em pensar ou ter tentado emigrar. O estudo discute a importância de incorporar a prevenção da violência e a saúde mental nos contextos sociais estudados para lidar com a violência em adolescentes e em programas de saúde pública em áreas de trânsito para migrantes ilegais.

ASSUNTO(S)

violência doméstica saúde mental emigração e imigração adolescente

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