Violência e cotidiano: estudo do significado da violência para um grupo de mulheres que vivem na favela

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1989

RESUMO

Este estudo pretende mostrar o que é violência para um grupo de mulheres que vivem na favela. O trabalho semanal realizado com o referido grupo durante dois anos chamou-nos a atenção quanto à questão da violencia. Morar na favela, em barracos precários feitos de pedaços de madeira velha e compensados, cobertos com pedaços de telhas de fibrocimento ou plásticos grossos, chão de cimento ou de terra batida, onde não há saneamento básico, não existe esgotos. (...) Uma população que não tem profissão definida, muitos são pedintes nas ruas ou vendedores de sucata. Uns poucos trabalham em firmas, ou em casa de família, recebem um salário irrisório que lhes possibilita, se muito o indispensável para a sobrevivencia. Nao tem, muitas vezes, o que comer, nem o que vestir. Convivem com brigas, morte e outros problemas. Para nós, todos esses fatores nos pareciam violência e perguntávamos se esta população também os considerava dessa forma, ou seja, necessariamente violentos. Nosso objetivo era conhecer o significado da violência para esta população e para atingi-lo optamos pela técnica da coleta de depoimentos, deixando que aquelas pessoas falassem livremente sem impingirmos nossas impressões. Foi para nós um trabalho cheio de surpresas mas nos enriqueceu muito

ASSUNTO(S)

servico social faveladas miseria juventude e violencia sobrevivencia favelas

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