Violência doméstica contra idosos assistidos na atenção básica

AUTOR(ES)
FONTE

Saúde debate

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/11/2019

RESUMO

RESUMO Este artigo objetiva investigar a prevalência de violência doméstica contra idosos assistidos na atenção básica e possíveis fatores associados. Estudo descritivo de corte transversal, com 169 indivíduos de 60 anos ou mais, de ambos os sexos, cadastrados nas Unidades de Saúde da Família (USF) da microrregião 4.1 da cidade do Recife (PE). Idosos com agravo à saúde que comprometesse a comunicação e/ou cognição foram excluídos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas nos domicílios ou nas USF, com questões sociodemográficas, saúde autopercebida e instrumento de pesquisa para avaliar possíveis situações de violência, que foi desenvolvido e validado em Porto Rico e adotado pelo Ministério da Saúde. Verificou-se a existência de 133 idosos com sinais indicativos de pelo menos um tipo de violência em seu ambiente doméstico, representando uma prevalência de 78,7%, sendo a negligência o tipo mais prevalente (58,5%), seguida de violência psicológica (21,5%) e financeira (14%). Os idosos entrevistados que classificaram sua saúde como regular/ruim têm esse risco aumentado. O estudo reforça a hipótese da existência de violência doméstica contra os idosos. Assim, identificar a sua prevalência é o primeiro passo para o enfrentamento desse problema de saúde pública.ABSTRACT This article aims to investigate the prevalence of domestic violence against elderly people in primary care and possible associated factors. A descriptive, cross-sectional study, with 169 individuals aged 60 years and over, of both sexes, enrolled in the Family Health Units (FHU) of the 4.1 micro region of the city of Recife. Elderly people with health impairment that compromised communication and/or cognition were excluded. The data were collected through interviews in the homes or FHU, with socio-demographic issues, self-perceived health and the research instrument to evaluate possible situations of violence, which was developed and validated in Puerto Rico and adopted by the Ministry of Health. There were 133 elderly people with indicative signs of at least one type of violence in their domestic environment, representing a prevalence of 78.7%, with negligence as the most prevalent type (58.5%), followed by psychological (21.5%) and financial (14%). The elderly interviewed who classified their health as regular/poor have this increased risk. The study reinforces the hypothesis of the existence of domestic violence against the elderly. Thus, identifying its prevalence is the first step in addressing this public health problem.

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