ViolÃncia no TrÃnsito

Mauricio Bastos Russo

Na Ãltima dÃcada a frota brasileira de veÃculos quase dobrou de tamanho. Ao mesmo tempo, a cada ano, aumenta o nÃmero de vÃtimas decorrentes de acidentes de trÃnsito no Brasil. O objetivo desta tese Ã compreender como as condiÃÃes socioeconÃmicas e culturais contribuem com a violÃncia no trÃnsito. Embora este seja um problema comum a todos os paÃses na modernidade, em alguns casos, como no Brasil, o maior problema nÃo Ã o nÃmero total de acidentes, mas o percentual letal destes. Ao contrÃrio dos paÃses desenvolvidos, no Brasil, a maior parte dos automÃveis de passeio, tipo de veÃculo que mais se envolve em acidente de trÃnsito com vÃtimas, nÃo dispÃem de equipamentos de seguranÃa bÃsicos, como airbags e freios ABS, essÃncias para evitar que o acidente se torne fatal. Soma-se a isto a incapacidade do Estado em regular adequadamente o ambiente social do trÃnsito. A falta de puniÃÃo dos infratores, desde infraÃÃes leves, como o estacionamento em local proibido, a casos mais graves como o homicÃdio no trÃnsito, incentiva as prÃticas ilegais. Problemas no aprendizado dos condutores e na obtenÃÃo da Carteira Nacional de HabilitaÃÃo (CHN) permitem que milhares de motoristas nÃo qualificados circulem nas ruas e estradas brasileiras. Nosso crescimento econÃmico nÃo foi acompanhado por um processo que transformasse os condutores em indivÃduos capazes de respeitar a alteridade dos demais participantes do sistema de trÃnsito. O trÃnsito ainda Ã para alguns um espaÃo privilegiado, que deveria respeitar a hierarquia social existente, que entra em conflito com aqueles que consideram este um espaÃo democrÃtico

ViolÃncia no TrÃnsito "Ã Moda Brasileira": InseguranÃa, Letalidade e Impunidade / Traffic violence in Brazil: insecurity, impunity and lethality

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