Vinte anos de tratamento da síndrome vasoplégica em cirurgia cardíaca. Azul de metileno revisado
AUTOR(ES)
Evora, Paulo Roberto Barbosa, Alves Junior, Lafaiete, Ferreira, Cesar Augusto, Menardi, Antônio Carlos, Bassetto, Solange, Rodrigues, Alfredo José, Scorzoni Filho, Adilson, Vicente, Walter Vilella de Andrade
FONTE
Braz. J. Cardiovasc. Surg.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-02
RESUMO
Objetivo: O presente estudo foi realizado com a finalidade de reavaliar conceitos estabelecidos em 20 anos, com ênfase nos últimos 5 anos, sobre a utilização do azul de metileno no tratamento da síndrome vasoplégica em cirurgia cardíaca. Métodos: Foram considerados dados da literatura utilizando-se três bases de dados (MEDLINE, SCOPUS e ISI Web of Science). Resultados: Os conceitos reavaliados e reafirmados foram: 1) Nas doses recomendadas o AM é seguro (a dose letal é de 40 mg/kg); 2) O AM não causa disfunção endotelial; 3) O efeito do AM só aparece em caso de supra nivelamento do NO; 4) O AM não é um vasoconstritor, pelo bloqueio da via GMPc ele libera a via do AMPc, facilitando o efeito vasoconstritor da norepinefrina; 5) A dosagem mais utilizada é de 2 mg/kg, como bolus EV, seguida de infusão contínua porque as concentrações plasmáticas decaem fortemente nos primeiros 40 minutos, e; 6) Existe uma "janela de oportunidade" precoce para efetividade do AM. Nos últimos cinco anos, os principais desafios foram: 1) Observações de efeitos colaterais; 2) A necessidade de diretrizes, e; 3) A necessidade da determinação de uma janela terapêutica para o uso do AM em humanos. Conclusão: O efeito do AM no tratamento da SV é dependente do tempo, portanto, o grande desafio atual é a necessidade do estabelecimento da janela terapêutica do AM em humanos. Esse seria o primeiro passo para a sistematização de uma diretriz a ser seguida por possíveis estudos multicêntricos.
ASSUNTO(S)
azul de metileno sídrome vasoplégica vasoplegia choque circulatório cirurgia cardíaca Óxido nítrico
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