Vidros niobofosfatos : preparação, caracterização e propriedades

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1994

RESUMO

Neste trabalho estudou-se o sistema vítreo P2O5 - PbO - Nb2O5 - K2O, observando principalmente a atuação do óxido de nióbio na estrutura do material. Para isto manteve-se praticamente constante as concentrações de P2O5 e K2O, variando as de PbO e Nb2O5. As diversas composições foram sintetizadas através da fusão dos reagentes, utilizando-se um forno de indução de rádio freqüência de 5 MHz, numa temperatura de 1340°C. Utilizou-se a difratometria de raios-X na identificação das amostras que apresentaram estrutura desordenada (amorfa). Em seguida tais amostras foram caracterizadas pelas seguintes técnicas: picnometria de gás (He), dilatometria, análise térmica diferencial (DTA) e medidas de índice de refração (ângulo de Brewster). Estas medidas possibilitaram a obtenção de parâmetros típicos de vidros, tais (r), coeficiente de expansão térmica (a), temperatura de transição vítrea (Tg), temperatura de "softenning dilatomé - trico" (Td), temperatura de cristalização (Tc) e o índice de refração (n0) Foram ainda obtidas informações quanto a estabilidade da fase vítrea e o efeito da concentração de Nb2O5 nas características do vidro. Informações detalhadas quanto à estrutura do material foram obtidas através do uso de técnicas de curta distância: espectroscopia infravermelho, espectroscopia Raman e espectroscopia de ressonância magnética nuclear de P de ângulo mágico. Tais técnicas possibilitaram constatar a participação do nióbio na estrutura do vidro, compartilhando com o fósforo a condição de formador da rede vítrea. Estudos de estabilidade térmica e durabilidade química, comprovaram o papel do nióbio na estabilização da estrutura vítrea. Concentrações de Nb2O5 acima de 20 moI % inibiram fortemente o ataque ácido e básico das amostras. As amostras tratadas termicamente somente apresentaram sinais de cristalização acima de 600°C por várias horas. Com a finalidade de verificarmos a potencialidade do sistema P2O5 - PbO - Nb2O5 - K2O na produção de dispositivos ópticos, visando a utilização no campo das comunicações ópticas, realizamos experiências de incorporação de terra-rara (Er2O3) e troca iônica. Nas experiências de incorporação de Er2O3, onde introduziu-se até 2 % em massa de Er2O3, verificou-se a ausência de cristalização frente este nível de dopagem. Foram também obtidos espectros de luminescência onde todos os picos esperados para o Er foram observados. Nas experiências de troca iônica entre o vidro e uma solução de sais, envolvendo o par Na/ Ag, o sistema acima mostrou-se muito eficiente. Puderam ser obtidos guias de onda planares com diferentes números de modos guiados.

ASSUNTO(S)

substancias amorfas vidros metalicos - propriedades magneticas

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