Videolaparoscopia topográfica de equinos em estação com três diferentes massas corpóreas / Topographic videolaparoscopy in standing equines of three different corporal masses

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

A laparoscopia de eqüinos em estação tem sido avaliada como uma alternativa diagnóstica e terapêutica, porém, a semelhança do que ocorreu na Medicina Humana e na rotina clínica de pequenos animais, sua utilização na espécie eqüina ainda carece de estudos que estabeleçam de forma mais definitiva as situações específicas onde seu uso possa ser recomendado. Para tal, o conhecimento da anatomia laparoscópica de animais hígidos é fundamental no aprendizado do cirurgião. O presente estudo teve por objetivo realizar uma detalhada descrição anatômica da cavidade abdominal de eqüinos posicionados em estação e distribuídos em três grupos conforme a massa corpórea, verificando possíveis limitações. Foram utilizados 21 eqüinos hígidos, sendo 7 fêmeas e 14 machos, submetidos a jejum alimentar de 18 a 24 horas. No grupo A foram incluídos animais com até 250 kg, enquanto no grupo B utilizaram-se animais entre 251 a 350 kg e no grupo C animais acima de 351 kg. Os animais foram sedados com a associação de detomidina e butorfanol e a dessensibilização cutânea e muscular realizada com infiltração local de lidocaína. A técnica cirúrgica realizada foi a laparoscopia com acesso pelas fossas paralombares esquerda e direita, utilizando a introdução vídeoassistida da cânula EndoTIP™, iniciando sempre pelo flanco esquerdo. Este primeiro acesso permitiu a observação do diafragma, estômago, lobo hepático esquerdo, baço, área renal, intestino delgado, cólon menor, bexiga, órgãos reprodutivos internos do macho (cordão espermático e epidídimo) e da fêmea (ovários e corno uterino) e reto. No acesso paralombar direito foram observados: diafragma, lobo hepático direito, área renal direita, cólon dorsal direito, duodeno, base do ceco, intestino delgado, cólon menor, bexiga, órgãos reprodutivos internos do macho (cordão espermático e epidídimo) e da fêmea (ovários e corno uterino) e reto. A principal complicação transoperatória encontrada foi à insuflação de gás no espaço retroperitoneal, que ocorreu em quatro animais. Não foram visibilizados o forame epiplóico e o pâncreas em nenhum dos animais do estudo. Além disso, as demais estruturas não visualizadas, independentemente do porte físico e do flanco examinado foram: o lobo esquerdo do fígado (2 animais), a porção direita do diafragma (14 animais), o reto (três animais) e a bexiga (um animal). O procedimento videolaparoscópico para estudo da anatomia abdominal de eqüinos adultos hígidos em estação é viável, não sendo observadas limitações decorrentes do tamanho do animal.

ASSUNTO(S)

anatomy videolaparoscopia videolaparoscopia : cirurgia video-surgery equinos : cirurgia veterinaria equine video-assisted approach ovinos : vacinas doença : prevenção e controle laparoscopy

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