Viajando por paisagens naturais - a espeleologia como experiência turística. / Traveling through natural landscapes: the speleology as a touristic experience

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/08/2011

RESUMO

O presente trabalho busca destacar a estreita relação entre o turismo e as paisagens naturais, nas quais a geomorfologia, os diferentes climas, as águas e seu comportamento, a fauna e a flora podem tornar-se interessantes aos olhos dos turistas, cada vez mais distantes do mundo natural em seu dia a dia. Por meio de um amplo levantamento e cuidadosa análise da literatura, pôde-se demonstrar que a valorização de cada tipo de paisagem e a realização de seus recursos em atrativos turísticos têm forte relação com a construção do imaginário e a percepção ambiental, que pode variar de cultura para cultura. Nesse contexto, em uma época em que a sensibilidade ecológica veio se construindo como uma das marcas da sociedade pós-industrial, a valorização da natureza tem atraído cada vez mais pessoas às práticas do ecoturismo, e as cavernas surgem como um destes atrativos. Os ambientes cavernícolas proporcionam aos seus visitantes uma mescla de sensações de incômodo e descoberta, apresentando um mundo totalmente distinto daquele que se conhece à superfície, firmando o espeleoturismo como uma proposta diferenciada de atividade turística. Neste trabalho, adotou-se o Parque Estadual Intervales como um exemplo de destaque do espeleoturismo aliado ao ecoturismo, onde foi realizado o trabalho de campo. Tal tema, do turismo em áreas naturais, evoca a questão do crescimento do uso turístico das cavidades subterrâneas que tem elevado também o problema da degradação desses ambientes, incluindo a biodiversidade que ali se encontra, apontando, então, para a necessidade de seu cuidado especial, para que a atividade não caia na autodestruição. Conclui-se, a partir do estudo, que o turismo deve estabelecer uma relação de reconhecimento do lugar, permitindo ao turista descobrir aquilo que há por trás das paisagens, os seus significados, tomando o cuidado para não cair no plano raso, sem profundidade, no qual os passos devem ser rápidos, cronometrados e determinados pelos roteiros prontos. A viagem não deveria se tornar apenas um percurso pelo qual se perpassam inúmeras paisagens, e os turistas observam a tudo passivamente.

ASSUNTO(S)

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