Viabilidade da transição do APACHE II para o SAPS III como modelo prognóstico em uma unidade de terapia intensiva geral no Brasil. Um estudo retrospectivo
AUTOR(ES)
Serpa Neto, Ary, Assunção, Murillo Santucci Cesar de, Pardini, Andréia, Silva, Eliézer
FONTE
Sao Paulo Med. J.
DATA DE PUBLICAÇÃO
17/10/2014
RESUMO
CONTEXTO E OBJETIVO: Modelos prognósticos refletem as características da população dos países de onde eles são originários. Modelos preditivos devem ser customizados para se adequar à população geral onde eles serão utilizados. O objetivo aqui foi de realizar a validação externa de dois modelos preditivos e comparar o seu desempenho em uma população mista de pacientes graves no Brasil.TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo retrospectivo em uma unidade de terapia intensiva geral brasileira.MÉTODOS: Este é um estudo retrospectivo de todos os pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI) mista com 41 leitos entre agosto de 2011 e setembro de 2012. A calibração (avaliada com o teste de Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit) e a discriminação (avaliada como a área sob a curva) do APACHE II e do SAPS III foram comparados. A razão de mortalidade padronizada (SMR) foi calculada pela divisão do número de óbitos observados pelo número de óbitos esperados.RESULTADOS: Um total de 3.333 pacientes internados na UTI foi registrado. O teste de Hosmer-Lemeshow goodness-of-fit demonstrou boa calibração para todos os modelos em relação a mortalidade hospitalar. Para a mortalidade intra-hospitalar, há um ajuste pior do APACHE II em pacientes clínicos. A discriminação foi melhor para o SAPS III para mortalidade na UTI e no hospital (P = 0,042). A SMR para toda a população foi de 0,27 (intervalo de confiança [IC]: 0,23-0,33) para APACHE II e de 0,28 (IC: 0,22-0,36) para SAPS III.CONCLUSÕES: Neste grupo de pacientes graves, o SAPS III é o melhor escore prognóstico, com a maior discriminação e poder de calibração.
ASSUNTO(S)
apache mortalidade unidades de terapia intensiva prognóstico terapia intensiva
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