Velocidade de marcha e autoeficácia em quedas em indivíduos com hemiparesia após Acidente Vascular Encefálico

AUTOR(ES)
FONTE

Fisioter. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

Indivíduos após Acidente Vascular Encefálico (AVE) apresentam com frequência alterações no padrão da marcha, instabilidade e maior suscetibilidade para quedas. O objetivo deste estudo foi verificar a relação entre a velocidade de marcha e autoeficácia para quedas em indivíduos hemiparéticos. A amostra foi composta por 23 indivíduos com hemiparesia pós-AVE com idade média de 60,6±11,26 anos e tempo de evolução do AVE de 53,2±35,4 meses. Os participantes foram avaliados quanto ao senso de autoeficácia para quedas pelo questionário Falls Efficacy Scale - International (FES-I). A velocidade de marcha normal e rápida foi calculada pelo tempo despendido para percorrer 10 metros. Para verificar a relação entre a FES-I e a velocidade de marcha, foram aplicados testes de associação e correlação. Entre os participantes da pesquisa, 39,1% utilizavam dispositivo de auxílio para a marcha e 30,4% reportaram quedas no último ano. A média da FES-I foi de 30,3±8,4 pontos, e a da velocidade normal de marcha foi de 0,72±0,28m/s e rápida de 1,00±0,40m/s. Os participantes conseguiram modificar significantemente a velocidade da marcha (diferença da velocidade: 0,27±0,16m/s; Teste T pareado: p<0,001). Não foi verificada correlação ou associação entre a FES-I e a velocidade de marcha. Houve correlação entre a FES-I e a idade (r=0,541; p=0,008); e associação entre uso de dispositivo de auxílio para a marcha e maior lentidão na velocidade, tanto normal (p=0,048), quanto rápida (p=0,037). Apesar da maioria dos indivíduos com hemiparesia deste estudo apresentar baixa autoeficácia para quedas, estes ainda são capazes de alterar o padrão de marcha por meio da velocidade.

ASSUNTO(S)

acidente vascular cerebral marcha autoeficácia acidentes por quedas

Documentos Relacionados