Vascularização na cirrose hepática: estudo imunoistoquímico baseado em necropsias
AUTOR(ES)
Maeda, Mariane de Fátima Yukie, Silva, Camilla Duarte, Harima, Leila Suemi, Silva, Luiz Fernando Ferraz da, Ctenas, Bruno, Alves, Venâncio Avancini Ferreira
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-03
RESUMO
RACIONAL: O processo patológico mais discutido na gênese da cirrose hepática é a fibrose progressiva, porém alterações na vasculatura do órgão têm sido apontadas como elementos fundamentais na fisiopatologia da doença e de suas complicações, como hipertensão portal, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular. OBJETIVO: Avaliar a densidade microvascular em 35 casos de necropsias de pacientes com cirrose hepática mediante pesquisa imunoistoquímica do marcador endotelial CD34 a fim de comparar os informes obtidos mediante semi-quantificação com aqueles registrados por método quantitativo morfométrico, além de relacionar as alterações vasculares encontradas com os principais agentes causais, padrões de lesão e complicações clínicas da doença. MÉTODOS: Foram estudados 35 casos de cirrose obtidos retrospectivamente de necropsias realizadas no SVOC/USP no período de março de 2002 a junho de 2003. Os casos foram reagrupados segundo padrão anatomopatológico em esteatohepatite e hepatite crônica. A microvasculatura foi avaliada através da reação imunoistoquímica com anticorpo anti-endotelio clone CD34, QBend. RESULTADOS: Observou-se associação significativa entre a abordagem semi-quantitativa e a quantificação morfométrica da densidade de vasos no parênquima, o mesmo não ocorrendo no septo. Não foram detectadas associações específicas entre a neovascularização e os tipos de complicação da hepatopatia aqui estudados. O principal achado foi que a neoformação vascular no parênquima é significantemente maior nas cirroses associadas a hepatites crônicas do que nas esteatohepatites. CONCLUSÃO: Todos esses achados requerem necessários estudos clínicos para avaliar a hipótese de que o estudo do rearranjo da microcirculação hepática, através de marcadores como o CD34, pode ser fator prognóstico em pacientes cirróticos.
ASSUNTO(S)
cirrose hepática hepatite crônica fígado gorduroso antígenos cd34
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