Variações morfométricas de populações de ácaros lelapíneos (Acari: Mesostigmata) que infestam pequenos mamíferos

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Biol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-08

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar a variação morfométrica de populações de lelapíneos (Acari, Mesostigmata) associados com pequenos roedores oryzomíneos neotropicais, em diferentes localidades geográficas do Brasil. Três espécies nominais de ácaros foram selecionadas para este estudo, sendo aqueles que infestam a pelagem de pequenos mamíferos em diferentes localidades nos Estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, e no Distrito Federal. Para analisar as características morfométricas, 37 caracteres morfológicos, distribuídos por todo o corpo de cada espécime, foram medidos. Nós usamos a Análise de Componentes Principais, extraindo os três primeiros eixos e projetando as medidas de cada ácaro nesses eixos. Mudanças importantes na taxonomia dos mamíferos hospedeiros permitem um exame independente da variação morfométrica de ácaros que infestam um grupo de espécies de hospedeiros distinto, em diferentes localidades geográficas. Gigantolaelaps vitzthumi e Laelapsdifferens estão associados com roedores orizomíneos de gênero Cerradomys e, consistentemente, mostraram uma tendência a se agrupar pela filogenia do hospedeiro. Laelaps manguinhosi associado com Nectomys rattus no Brasil Central é morfometricamente distinto das populações de ácaros que infestam N. squamipes nas restingas costeiras de Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os resultados obtidos neste estudo indicam que populações de ácaros laelapíneos podem variar entre áreas geográficas e, especialmente, entre espécies hospedeiras relacionadas filogeneticamente. Claramente, o estudo desses ácaros em nível populacional pode ser uma importante ferramenta para esclarecer a taxonomia tanto dos ácaros quanto de seus hospedeiros.

ASSUNTO(S)

brasil ectoparasitos gigantolaelaps laelaps roedores

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