Variação nas características ambientais de águas entre unidades de cultivo de ostras na costa amazônica

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Amaz.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

RESUMO A ostreicultura beneficia comunidades costeiras tradicionais ao longo da costa do manguezal de macro-marés amazônico do Estado do Pará no Brasil desde 2006. Atualmente, sete cultivos em cinco municípios expandem sua produção, mas sem monitoramento ambiental, importante para verificar impactos da ostreicultura sobre as águas, mas também para o manejo e conservação de ostras. A variação sazonal nas características ambientais da água foi avaliada em todos os cultivos do Pará, de setembro a novembro de 2013 (estação seca) e fevereiro a abril de 2014 (estação chuvosa), para gerar dados de base para avaliar futuros impactos e ajudar no planejamento estratégico, como a diversificação da produção de sementes. Salinidade, oxigênio dissolvido, pH, potencial de oxidação-redução, profundidade, temperatura e concentração de clorofila-a foram medidas durante as marés inundantes e vazantes, e comparadas entre estações e unidades de cultivo usando estatísticas uni- e multivariadas. Todas as variáveis foram significativamente mais elevadas na estação seca, exceto profundidade, que foi significativamente maior na estação chuvosa. Salinidade média, que variou de 2,4 a 46, explicou a maior parte da variação entre as unidades de cultivo em relação à estação, data de amostragem dentro de cada estação e estado das marés. No entanto, oxigênio dissolvido, pH e profundidade também foram importantes. As unidades de cultivo de ostras no Pará são apropriadas para colheita sustentável de sementes na natureza (menor salinidade e pH) ou para engorda (maior salinidade, maior pH e maior profundidade). A variação sazonal permite ambas atividades na maioria das unidades, no período apropriado do ano, e ajudaria a aumentar a produção de ostras no Pará.

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