Variação morfológica de pegadas de roedores arborícolas e cursoriais do Cerrado

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zoologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

Considerando que os roedores possuem diversas formas de locomoção, o presente estudo apresenta e discute variações na forma das pegadas anteriores e posteriores de sete espécies [Akodon cursor (Winge, 1887), Necromys lasiurus (Lund, 1840), Oecomys bicolor (Tomes, 1860), Oecomys concolor (Wagner, 1845), Oligoryzomys nigripes (Olfers, 1818), Hylaeamys megacephalus (Fischer, 1814) e Rhipidomys macrurus (Gervais, 1855)], utilizando técnicas de morfometria geométrica e análises discriminantes. As variáveis de forma das pegadas foram relacionadas com a topologia filogenética e os modos de locomoção das espécies para verificar a influência de fatores históricos e ecológicos na morfologia das pegadas. A forma das pegadas dos roedores arborícolas (curtas e largas) foi claramente distinta dos cursoriais (estreitas e alongadas). As reclassificações das pegadas anteriores (Kappa = 0,72) e posteriores (Kappa = 0,88) das espécies foram consideradas substanciais e quase perfeitas, respectivamente. As pegadas posteriores discriminaram melhor as espécies além de indicarem os níveis de atividade arborícola e cursorial dos roedores. Efeitos alométricos foram observados nas análises das pegadas anteriores (13%) e posteriores (3%). O modo de locomoção explicou 90,3% da variação na forma nas pegadas dos roedores (p = 0,02), indicando convergência nos padrões morfológicos nas pegadas das espécies de roedores arborícolas e cursoriais.

ASSUNTO(S)

cricetidae forma modo de locomoção morfometria geométrica

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