Variação do equilíbrio e do deslocamento do centro de massa em idosos sem demência e com demência leve e moderada

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

01/06/2012

RESUMO

À medida que o número de idosos aumenta na população, cresce também a prevalência de doenças crônico-degenerativas, e dentre elas a demência que representa o sexto grupo de doenças mais relevantes em relação ao impacto na funcionalidade e na mortalidade deste grupo de idosos. O idoso com demência tende a apresentar maior oscilação do seu centro de massa, maior tendência à instabilidade postural e diminuição da efetividade das reações posturais compensatórias, aumentando assim a prevalência de quedas e trazendo com isso conseqüências para a vida desses indivíduos. Objetivos: Comparar o nível de variação do equilíbrio e do deslocamento do centro de massa em idosos sem demência e com demência leve e moderada, e sua relação com o risco de quedas; comparar a aplicabilidade do Performance-Oriented Assessment of Mobility (POMA) e do Timed Up and Go Test (TUG) em idosos sem demência e com demência leve e moderada, correlacionando com as oscilações do centro de massa. Materiais e métodos: Realizou-se um estudo transversal, com 56 idosos, com 60 a 80 anos de idade de ambos os gêneros, divididos em três grupos: sem demência, demência leve e moderada. Estes idosos foram submetidos a estabilometria, teste TUG e teste POMA. Resultados: Observou-se diferença significativa no teste POMA entre os três grupos (p=<0,0001), sendo que o grupo de demência moderada teve o pior desempenho no teste. Em relação ao TUG, houve diferença significativa entre os grupos de idosos com demência leve e moderada, e entre idosos sem demência e demência moderada (p=<0,0001). Não houve diferença significativa entre sem demência e o grupo de demência leve (p=0,0650). Na estabilometria, não houve diferença significativa entre os grupos, porém observou-se diferença (p=<0,0001) entre o comprimento total (CT) da trajetória do deslocamento do centro de pressão (CP) do grupo demência leve e moderada no gênero masculino. Conclusão: Sugere-se que os idosos com demência, principalmente demência moderada, apresentam maior comprometimento do equilíbrio que idosos sem demência, apresentando, assim, risco aumentado de quedas. Em relação à marcha e mobilidade, os idosos com demência leve mesmo tendo resultado semelhante a idosos sem demência, a evolução da doença piora e compromete a marcha e a mobilidade.

ASSUNTO(S)

idosos demência equilíbrio (fisiologia) quedas (acidentes) em idosos gerontologia ciencias da saude elderly dementia balance

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