VARIABILIDADE NA DORMÊNCIA RELATIVA DOS DIÁSPOROS DE Lithraea molleoides (Vell.) Eng.

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. Florest.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-06

RESUMO

RESUMO A grande diversidade na morfologia dos diásporos da família Anacardiaceae repercute nos processos de germinação e emergência e gera comportamento diferenciado entre as espécies. Dentro dessa família há algumas espécies que apresentam dormência física, outra mecânica, algumas que não exibem dormência e há também espécies cuja informação não está explícita na literatura disponível. Lithraea molleoides (Vell.) Eng. é uma das espécies que hoje se encontra em posição duvidosa quanto à dormência. Em razão disso, objetivou-se avaliar o processo de germinação e emergência de plântulas provenientes de diásporos da espécie, coletados no Vale do Rio Araguari, MG, bem como quantificar a variabilidade na intensidade da dormência existente entre diferentes indivíduos da população. Os diásporos foram coletados em outubro e novembro de 2004 e 2005, a partir de seis matrizes, sendo instalados dois experimentos, o de germinação, montado sob condições controladas, e outro de emergência, em estufa semiaberta. A coleta dos dados foi realizada a cada 24 horas, observando-se a protrusão do embrião no experimento montado em laboratório e a emergência do hipocótilo da plântula acima do substrato no experimento mantido em estufa. Em ambos os experimentos, os diásporos oriundos da matriz de número dois se destacaram em alguma medida, tendo qualidade fisiológica superior em relação aos demais (tempo médio entre 4 e 22 dias; velocidade média entre 0,042 e 0,0217 dias-1; incerteza entre 1,62 e 3,5 bits e sincronia entre 0,04 e 0,381). Os altos valores de incerteza e os baixos valores de sincronia indicam que os processos de germinação e emergência de plântulas de L. molleoides são espalhados no tempo, o que permite caracterizá-los como portadores de dormência relativa, embora sua intensidade seja variável entre indivíduos de uma mesma população. Probabilidades baixas, porém, não nulas para germinar ou emergir, mesmo aos 150 e 60 dias após a semeadura, respectivamente, revelam a capacidade de sobrevivência temporal dos diásporos da espécie e reforçam a presença de dormência relativa.

ASSUNTO(S)

anacardiaceae análise de sobrevivência aroeira-branca

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