Variabilidade espacial e temporal da precipitação observada com o radar na confluencia do Tapajós e Amazonas

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. meteorol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-12

RESUMO

Na Amazônia as series climatológicas estão baseadas na rede de estações meteorológicas de superfície que estão instaladas preferencialmente nas margens de rios. Portanto, o efeito de brisas fluviais que promovem precipitação no interior do continente não está sendo contabilizado nas medidas realizadas nestas estações. Além disto, estudos anteriores encontraram máximo de precipitação no período noturno sobre rios. Assim, este artigo examina a variabilidade espacial e temporal da precipitação na região de confluência dos rios Tapajós e Amazonas em Santarém, visando descrever a importância da brisa fluvial na distribuição da precipitação durante a tarde e definir a extensão da área onde ocorre maxima precipitação no período noturno. A refletividade medida pelo radar meteorológico banda S, instalado em Santarém para um período de três anos foi utilizada, tendo estes dados sido calibrados através dos dados do sensor de precipitação instalado abordo do satélite TRMM. A intensidade de precipitação foi estimada utilizando a relação ZR para o caso convectivo tropical. No período noturno, a máxima precipitação foi encontrada ao longo do rio Amazonas, consistente com a hipótese de que esta precipitação estaria associada a passagem das linhas de instabilidade neste período, talvez esta precipitação também esteja sendo reforçada pela canalização do rio e pela confluência do vento de retorno da brisa fluvial durante a noite. Para o período diurno, observou-se duas bandas de precipitações localizadas no interior do continente, uma ao longo da margem leste e outra ao sul dos rios Tapajós e Amazonas, respectivamente.

ASSUNTO(S)

precipitação brisa fluvial linhas de instabilidade

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