Variabilidade comportamental e a seleção de uma sequência de baixa probabilidade inicial: comparando dois procedimentos

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/05/2012

RESUMO

O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade de dois procedimentos, Tentativa Discreta (TD) e Tentativa Discreta com Intervalo entre as Respostas (TD/IRI), na produção da variabilidade comportamental em diferentes condições (diretamente reforçada e induzida) e averiguar que condição, em cada procedimento, mais facilitaria a seleção de uma sequência de baixa probabilidade inicial. Selecionou-se 18 universitários com um desempenho na linha de base, medido pelo índice U, igual ou inferior a 0,5. Estes foram divididos nos dois procedimentos e subdivididos em três grupos com três participantes (VAR, ACO e CON). A tarefa consistia em formar figuras na tela do computador pressionando duas teclas (direita e esquerda) de teclados laterais. A unidade comportamental era quatro respostas às teclas. Nos dois procedimentos apresentava-se um pedaço da figura, um tom e 0,5 segundo, caso a sequência fosse passível de reforço, e um timeout de 1,0 segundo, caso não fosse. Somente no TD/IRI havia um IRI de 0,5 segundo após as três primeiras respostas da sequência. O experimento continha três fases. Na Fase 1, linha de base, vigorava o reforçamento contínuo (CRF) das 16 sequências. Para dois grupos (TD-VAR e TD/IRI-VAR) na Fase 2 havia o reforçamento direto da variabilidade, para 15 sequências, no qual a sequência menos frequente e menos recente teria maior probabilidade de ser reforçada, e CRF de uma sequência alvo (sequência menos frequente na linha de base). Na Fase 3, havia a distribuição acoplada dos reforços da fase anterior para as 15 sequências e CRF de outra sequência alvo. Para os grupos TD-ACO e TD/IRI-ACO a ordem de exposição às fases foi inversa, visto que na Fase 2 a distribuição de reforços foi acoplada ao desempenho dos participantes dos grupos VAR. Nos grupos TD-CON e TD/IRI-CON havia somente o CRF da sequência alvo nas duas fases. Os resultados mostraram que a variabilidade aumentou na primeira sessão da Fase 2 para todos os participantes. O grupo TD-ACO foi o que apresentou maior índices de variabilidade dentro deste procedimento. Já no TD/IRI, isto foi verdadeiro para o grupo TD/IRI-VAR. Com relação à seleção da sequência alvo, os grupos que apresentaram maiores porcentagens de seleção em todas as sessões foram TD-CON e TD/IRI-VAR, respectivamente dentro de cada procedimento. Notou-se que os dois procedimentos produziram seleção da sequência alvo, mas parece que o uso do IRI produziu um responder mais variável, quando este foi diretamente reforçado, o que possibilitou que a seleção da sequência alvo ocorresse mais rapidamente

ASSUNTO(S)

psicologia experimental variabilidade comportamental reforçamento dependente da frequência acoplamento seleção da sequência alvo tentativa discreta intervalo entre respostas behavioral variability reinforcement frequency dependent yoked condition selection of the target sequence discrete trial interresponse interval

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