Valvoplastia por via carotídea na estenose aórtica do neonato e lactente jovem: resultados imediatos em serviços de referência
AUTOR(ES)
Costa, Rodrigo Nieckel da, Fontes, Valmir Fernandes, Pedra, Simone Rolim Fernandes Fontes, Santos, Magali Arraes dos, Moreira, Samuel Martins, Santana, Maria Virgínia Tavares, Jatene, Ieda Biscegli, Figueiredo, Patrícia, Esteves, César Augusto, Braga, Sérgio Luiz Navarro, Pedra, Carlos Augusto Cardoso
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
INTRODUÇÃO: A valvoplastia aórtica por cateter-balão em neonatos e lactentes ainda é um procedimento discutido na literatura. Neste artigo são relatados os resultados imediatos desse procedimento realizado pela via carotídea. MÉTODO: Estudo longitudinal de uma coorte de pacientes com estenose valvar aórtica grave ou crítica congênita com até seis meses de idade, nos quais foi realizada valvuloplastia aórtica com cateter-balão no período de 1997 a 2008. RESULTADOS: Entre março de 1997 e março de 2008, foram realizados 25 procedimentos em 24 pacientes (79% do sexo masculino), com média de idade de 1,4 ± 1 mês (0,1-4 meses) e média de peso de 3,7 ± 1,2 kg (1,1-5,2 kg). A relação balão-anel foi de 0,93 ± 0,1. Óbitos relacionados ao procedimento ocorreram em 4 pacientes (17%), três por falência ventricular esquerda e um por dissecção do seio de Valsalva da artéria coronária esquerda durante o posicionamento do guia e introdutor antes da realização da valvoplastia. O gradiente sistólico máximo transvalvar à ecocardiografia caiu de 86 ± 25 mmHg para 36 ± 15 mmHg, enquanto o gradiente pico-a-pico caiu de 61 ± 36 mmHg para 29 ± 17 mmHg após o procedimento. Melhora significativa da função ventricular foi observada nos pacientes com disfunção prévia. Houve aparecimento ou piora de insuficiência aórtica em 10 pacientes, não sendo necessária intervenção cirúrgica imediata. Fibrilação ou taquicardia ventricular foi observada em 4 pacientes. No seguimento de 7 pacientes, 2 necessitaram de cirurgia valvar. CONCLUSÕES: Embora ainda seja um procedimento associado a morbidade e mortalidade significativas, a valvoplastia aórtica é eficaz na redução do gradiente transvalvar e na preservação da função ventricular e é capaz de postergar a intervenção cirúrgica.
ASSUNTO(S)
estenose da valva aórtica angioplastia transluminal percutânea coronária procedimentos cirúrgicos cardíacos ecocardiografia recém-nascido lactente adolescente
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