Valor da ecografia no estudo da reserva ovariana para predição da recuperação oocitária

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-10

RESUMO

Resumo Objetivo Identificar quais métodos utilizados na avaliação da reserva ovariana são excludentes ou complementares na identificação da melhor resposta ao desenvolvimento folicular. Métodos Estudo retrospectivo de coorte, que envolveu pacientes em tratamento de reprodução assistida no Instituto de Medicina Reprodutiva de abril de 2009 a julho de 2014. Foram avaliadas idade, exames bioquímicos e ecografia. Os dados foram analisados na predição do desenvolvimento folicular e nas suas relações entre si, utilizando para análise estatística o programa Statistical Package for Social Sciences. Resultados Dos 293 casais incluídos, 50,2% apresentavam infertilidade por fator ovariano. Considerando a idade como principal variável, foi observada uma correlação significativa e negativa com volume de ambos ovários (ovário direito, r = 0,21; ovário esquerdo, r =0,22; ambos p< 0,0001), e com contagem de folículos antrais (ovário direito, r =0,38; ovário esquerdo, r =0,47; ambos p< 0,0001). Considerando a contagem de folículos antrais como a variável principal, foi observada uma correlação significativa e positiva com o total de oócitos recrutados. Quando correlacionamos a contagem de folículos antrais com os folículos recrutados maiores do que 18 mm, observamos que, com um ponto de corte de 12 folículos antrais, tem-se um valor preditivo positivo de 99%, e uma área da curva ROC de 0,76. Conclusões Concluímos com nosso trabalho que a idade e a contagem de folículos antrais são eficientes preditores da resposta ovariana em ciclos de reprodução assistida. O volume ovariano, assim como a dosagem do hormônio anti-mulleriano, parecem ser marcadores adequados de reserva ovariana.

ASSUNTO(S)

fertilização in vitro ultrassonografia testes de função ovariana reserva ovariana

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