Validade e reprodutibilidade de marcadores do consumo de alimentos e bebidas de um inquérito telefônico realizado na cidade de Belo Horizonte (MG), Brasil
AUTOR(ES)
Mendes, Larissa Loures, Campos, Suellen Fabiane, Malta, Deborah Carvalho, Bernal, Regina Tomie Ivata, Sá, Naíza Nayla Bandeira de, Velásquez-Meléndez, Gustavo
FONTE
Revista Brasileira de Epidemiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-09
RESUMO
OBJETIVO: avaliar a reprodutibilidade e validade de indicadores de consumo de alimentos e bebidas levantados por meio de entrevistas telefônicas pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Telefone (VIGITEL). MÉTODOS: A reprodutibilidade foi aferida por meio de entrevistas repetidas com intervalos de 7 a 15 dias a partir da primeira entrevista original do sistema (n=258). A validade foi avaliada usando como padrão ouro 3 entrevistas correspondentes a recordatórios de 24h (R24h) em 3 dias da semana, após 7 a 15 dias da entrevista telefônica original (n=217). No estudo de reprodutibilidade a estatística kappa foi utilizada para medir a concordância entre os resultados das proporções obtidas na primeira e na segunda entrevista. Para a validação, a proporção de referência positiva de alimentos e bebidas na entrevista telefônica original foi comparada àquela obtida nos R24h e sua avaliação foi analisada por meio do cálculo da sensibilidade, especificidade e valor preditivo positivo. RESULTADOS: No estudo de reprodutibilidade, observou-se concordância quase perfeita para o indicador de consumo de leite com teor integral de gordura (0,86); concordância substancial para consumo de frutas (0,67), consumo de frutas e hortaliças, consumo de carne com gordura ou frango com pele e consumo abusivo de bebida alcoólica; concordância moderada para o indicador de consumo de refrigerante; e concordância regular para o indicador do consumo de hortaliças. Com relação ao estudo de validação, observou-se subestimação de indicadores de consumo de frutas, hortaliças e leite integral, exceto para consumo de carne/frango com gordura e bebida alcoólica, quando comparados com a frequência desse consumo estimada a partir dos três R24horas; as diferenças para o consumo de refrigerantes foi inexpressiva. CONCLUSÃO: Verificou-se que os instrumentos utilizados permitem a vigilância de fatores potencialmente associados a doenças não transmissíveis, entretanto, é prioritária a continuidade de estudos de validação em outras populações do sistema, com o objetivo de oferecer maior confiabilidade aos mesmos, sempre considerando as potenciais limitações.
ASSUNTO(S)
consumo de alimentos consumo de bebidas alcoólicas validade dos testes inquéritos nutricionais vigilância nutricional
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