Validade e confiabilidade de \"Questionário de qualidade de vida de pessoas com Espinha Bífida / Validity and reliability of the Questionário de Qualidade de Vida para Pessoas com Espinha Bífida

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2011

RESUMO

Objetivo: verificar a validade e a confiabilidade do Questionário de Qualidade de Vida para Pessoas com Espinha Bífida na língua Portuguesa, após tradução e adaptação cultural do Spina Bífida Health Related Quality of Life Questionnaire (HRQOL). Métodos: Dois professores de inglês realizaram a tradução literária e conceitual das versões para crianças (5-12 anos) e para adolescentes (13-20 anos) do HRQOL, chegando a uma versão inicial em português, denominada Questionário de Qualidade de Vida de Pessoas com Espinha Bífida (QQVEB). Após a tradução reversa por outros dois nativos de língua inglesa, um comitê revisou as versões. Após um pré-teste numa amostra de cinco sujeitos, a versão final do QQVEB foi aplicada em 51 crianças (7,7±2,1 anos) e 29 adolescentes (15,6±2,1 anos) com diagnóstico de mielomeningocele. Os sujeitos foram caracterizados quanto ao nível neurológico, controle motor grosseiro e classificação sócio-econômica. Para verificar a confiabilidade, foi analisada a consistência interna com o alpha de Cronbach e a reprodutibilidade com Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) para as duas aplicações do questionário num intervalo de sete dias. Para verificar a validade de constructo convergente usamos a correlação de Pearson e o teste t entre o QQVEB e um questionário genérico de qualidade de vida, e para a validade de constructo discriminante foi utilizado o teste de Kruskall-Wallis para o QQVEB e o nível de acometimento neurológico. Resultados: Apenas cinco questões no questionário dos adolescentes sofreram modificações culturais. A análise da confiabilidade revelou boa consistência interna nos questionários das crianças (=0,88) e dos adolescentes (=0,93), e boa reprodutibilidade no questionário das crianças (CCI=0,83) e dos adolescentes (CCI=0,88). Na análise da validade convergente observou-se correlação do questionário genérico com o QQVEB dos adolescentes (r=0,63; p=0,0002), mas não com o de crianças (r=0,17; p=0,2318). A análise da validade discriminante revelou que pacientes com acometimento neurológico em nível torácico apresentam pior pontuação de forma significativa no questionário das crianças (p=0,02) e marginalmente significativa no caso dos adolescentes (p=0,07). Conclusões: A tradução e adaptação cultural do QQVEB foram realizadas com êxito, sendo que as duas versões do QQVEB apresentam boa confiabilidade. Porém, a baixa validade convergente do QQVEB das crianças e discriminante do QQVEB dos adolescentes pode estar relacionada a algumas falhas do questionário original, como a falta de um manual e ausência da divisão em domínios. Estes problemas podem ser solucionados desenvolvendo-se uma nova versão no questionário, tanto na língua inglesa, quanto portuguesa

ASSUNTO(S)

disrafismo espinhal estudos de validação meningomyelocele mielomeningocele qualidade de vida quality of life questionário questionnaires spinal dysraphism validation studies

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