Validade dos corte axiais e reconstruções coronal, sagital e em três dimensões no diagnóstico das fraturas do terço médio da face

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/03/2011

RESUMO

As fraturas múltiplas do terço médio da face apresentam um diagnóstico complexo e difícil de ser realizado devido ao estado clínico do paciente no momento da admissão hospitalar. Tomografias computadorizadas têm sido fundamentais para o sucesso terapêutico dos pacientes, evitando retardos e imprevistos durante o procedimento cirúrgico, bem como sequelas no pós-operatório. Sendo assim, torna-se necessário o verdadeiro conhecimento de suas indicações para usufruto dos benefícios relativos ao diagnóstico, planejamento e evolução do caso, sem que haja maiores perdas para o hospital, profissional e principalmente para o paciente. Objetiva-se estabelecer a validade dos cortes axiais e reconstruções coronal, sagital e em três dimensões (3D) no diagnóstico das fraturas do terço médio da face. Foram avaliadas imagens tomográficas de 65 pacientes com suspeita de fraturas do terço médio da face, obtidas em um tomógrafo multislice SOMATON SENSATION 64 canais (SIEMENS). A aquisição das imagens foi realizada sob o seguinte protocolo tomográfico em janela óssea: fatia com 1,0 mm de espessura com 0,5 mm de intervalo, 120kVp, 150mA, matriz de 512x512 pixel. As imagens foram analisadas através do programa Syngo fastView. O instrumento de coleta de dados constituiu de uma ficha de identificação de fraturas destinada a um Cirurgião Buco-Maxilo-Facial e a um médico especialista em Radiologia, responsáveis pela elaboração de 4 hipóteses diagnósticas, sendo: a) após a interpretação dos cortes axiais, b) após visualização da reconstrução sagital, c) após visualização da reconstrução coronal, d) após visualização da reconstrução em 3D. O padrão ouro foi a hipótese clínico-cirúrgica elaborada por um segundo Cirurgião Buco-Maxilo-Facial responsável por operar os pacientes. Para avaliar os níveis de informação dos cortes axiais, reconstruções multiplanares e reconstrução em 3D no acerto das hipóteses diagnósticas foram calculados, além do Índice Kappa, a sensibilidade, a especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e a acurácia. A reconstrução em 3D obteve os melhores resultados em todas as fraturas do terço médio da face enquanto que as reconstruções sagitais obtiveram os resultados menos significativos no diagnóstico dessas fraturas. As reconstruções coronais apresentaram maior validade do que os cortes axiais no diagnóstico das fraturas do teto, parede medial e soalho da órbita, osso nasal e palato, enquanto que nas 10 fraturas do osso frontal, parede lateral da órbita e arco zigomático foi possível identificar uma maior contribuição dos cortes axiais. Uma equidade de valor na acurácia dos cortes axiais e reconstruções coronais foi observada nas fraturas do seio maxilar. O protocolo tomográfico utilizado em nosso estudo está indicado para o diagnóstico das fraturas do terço médio da face

ASSUNTO(S)

tomografia traumatismo múltiplo ossos da face tomography multiple trauma facial bones clinica odontologica

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