Validação da Classificação de Killip e Kimball e Mortalidade Tardia Após Infarto Agudo do Miocárdio
AUTOR(ES)
Mello, Bruno Henrique Gallindo de, Oliveira, Gustavo Bernardes F., Ramos, Rui Fernando, Lopes, Bernardo Baptista C., Barros, Cecília Bitarães S., Carvalho, Erick de Oliveira, Teixeira, Fabio Bellini P., Arruda, Guilherme D'Andréa S., Revelo, Maria Sol Calero, Piegas, Leopoldo Soares
FONTE
Arq. Bras. Cardiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
09/07/2014
RESUMO
Fundamento: A classificação ou índice de gravidade de insuficiência cardíaca em pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM) foi proposta por Killip e Kimball com o objetivo de avaliar o risco de mortalidade hospitalar e o potencial benefício do tratamento especializado em unidades coronárias (UCO) na década de 1960. Objetivos: Validar a classificação de Killip para mortalidade total em longo prazo e comparar o valor prognóstico em pacientes com IAM sem elevação do segmento ST (IAMSEST) em relação àqueles com elevação do segmento ST (IAMCEST), na era pós-reperfusão e de terapia antitrombótica moderna. Métodos: Foram avaliados 1906 pacientes com IAM confirmado, admitidos em UCO entre 1995 e 2011, com seguimento médio de cinco anos, para avaliação da mortalidade total. Curvas de Kaplan-Meier foram construídas para comparação da sobrevida por classe Killip e IAMSEST versus IAMCEST. Modelos de regressão de risco proporcional de Cox foram construídos para determinar a associação independente entre a classe Killip e a mortalidade, com análises de sensibilidade por tipo de IAM. Resultados: As proporções de óbitos e as distribuições das curvas de sobrevida foram diferentes conforme a classe Killip >1 (p <0,001) e similares entre IAMSEST e IAMCEST. Os modelos de risco identificaram a classificação de Killip como preditor significante, sustentado, consistente e independente de covariáveis relevantes (Wald χ2 16,5 [p = 0,001], IAMSEST) e (Wald χ2 11,9 [p = 0,008], IAMCEST). Conclusão: A classificação de Killip e Kimball desempenha papel prognóstico relevante na mortalidade em seguimento médio de cinco anos pós-IAM e, de modo similar, entre pacientes com IAMSEST e IAMCEST.
ASSUNTO(S)
Índice de gravidade de doenças insuficiência cardíaca / mortalidade infarto do miocárdio / mortalidade prognóstico
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