Vacinação com Escherichia Coli j5 no período pré-parto e ocorrência de mastite, produção de leite e desempenho reprodutivo de vacas mestiças leiteiras

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/08/2011

RESUMO

Avaliou-se a utilização da vacina Escherichia coli J5 no período pré-parto e ocorrência de mastite, produção de leite e desempenho reprodutivo em vacas mestiças leiteiras. A prevalência de infecções intramamárias por coliformes no pós-parto, a ocorrência e duração dos casos clínicos de mastite, a contagem de células somáticas, produção de leite, o número de animais inseminados e prenhes nos primeiros 100 dias de lactação e a taxa de concepção ao primeiro serviço foram analisados. Foram utilizadas 93 vacas, distribuídas em dois grupos experimentais, sendo: 43 vacas no grupo vacinado e 50 vacas no grupo não vacinado. As imunizações ocorreram 15 dias antes da data prevista para secagem, na secagem e 15 dias após a secagem. No dia da secagem e sete dias após o parto foram coletadas amostras de leite para diagnóstico microbiológico dos patógenos causadores de mastite. A ocorrência de casos clínicos de mastite foi verificada pela presença de alterações visíveis no leite utilizando o teste da caneca de fundo escuro durante as ordenhas. A duração e intensidade destes casos foram avaliadas. Amostras para contagem de células somáticas (CCS) foram coletadas mensalmente a partir do décimo dia de lactação até os primeiros 100 dias de lactação. A produção de leite foi registrada mensalmente nos primeiros 100 dias de lactação. A detecção de cio foi realizada por funcionário treinado, três vezes ao dia, após 40 dias pós-parto e as vacas que apresentaram cio foram inseminadas. O diagnóstico de gestação foi realizado a partir de 35 dias após a inseminação. Não houve redução na prevalência de infecções por coliformes entre a secagem e o parto nos dois grupos (p<0,05). A duração total dos casos clínicos de mastite em animais que apresentaram mastite clínica foi menor em vacas vacinadas (p<0,05). O número de episódios clínicos em relação ao total de animais no grupo vacinado e não vacinado e a intensidade dos casos clínicos não diferiu entre os grupos. (p>0,05). A prevalência de animais com mastite subclínica no pós-parto e a CCS nos 100 primeiros dias de lactação foram menores no grupo de animais vacinados (p<0,05). Entretanto, não foi observada diferença na produção de leite entre os grupos (p>0,05). A taxa de concepção ao primeiro serviço e o número de animais prenhes até 100 dias de lactação não diferiu entre o grupo vacinado e não vacinado (p>0,05), mas foram menores nos animais que apresentaram mastite clínica (p<0,05). O número de animais inseminados até 100 dias de lactação não diferiu entre os grupos e entre os animais que apresentaram episódio clínico de mastite (p>0,05). A vacinação de vacas com E. coli J5 melhora a saúde da glândula mamária de vacas leiteiras reduzindo a prevalência de animais com mastite subclínica no pós-parto, bem como a duração dos casos clínicos de mastite e a contagem de células somáticas na secagem e nos 100 primeiros dias de lactação. A produção de leite, a ocorrência de casos clínicos de mastite nos primeiros 100 dias de lactação e a eficiência reprodutiva não são alterados pela utilização da vacina E. coli J5

ASSUNTO(S)

vaca doenças teses. mastite teses. escherichia coli teses. vacina veterinária teses

Documentos Relacionados