Vaccinia virus isolado de bovinos: sensibilidade a desinfetantes e viabilidade no leite e derivados

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A vaccinia bovina (VB) é uma zoonose emergente, causada pelo Vaccinia virus (VACV). A doença é caracterizada pelo surgimento de lesões nas mãos dos ordenhadores e tetas das vacas. Alguns princípios ativos têm sido utilizados em propriedades acometidas pela doença para a desinfecção de utensílios e antissepsia de mãos e tetos no pre dipping quanto no pos dipping. Dentre eles, destacam-se o cloro, iodofor (PVPI), quaternário de amônio clorexidina ou glutaraldeído. No entanto, não existem estudos que comprovem a eficiência destes princípios na inativação do VACV. Este trabalho teve como objetivos: (i) avaliar a viabilidade do VACV no leite experimentalmente inoculado e submetido a diferentes tratamentos térmicos e processamento para produção de queijo e leite fermentado; (ii) avaliar a atividade viricida para o VACV de alguns princípios ativos comumente utilizados no campo. Os desinfetantes à base de quaternário de amônio e iodofor, em baixas concentrações, não foram capazes de inativar o vírus. O digluconato de clorexidina, glutaraldeído e hipoclorito de sódio foram efetivos na inativação do vírus, sendo o último, efetivo na completa inativação do VACV mesmo na presença de albumina bovina. Quanto à viabilidade do VACV no leite e produtos derivados, o vírus permaneceu viável no leite após ter sido submetido às temperaturas de armazenamento durante 48 horas e após a pasteurização lenta. No queijo produzido a partir de leite experimentalmente inoculado, foi possível recuperar partículas virais viáveis tanto na massa quanto no soro. A presença de partículas virais viáveis no leite aponta para potencial risco a Saúde Pública

ASSUNTO(S)

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