Utopia ou distopia? A ansiedade e o vazio emSchimmernder Dunst über CobyCounty de Leif Randt
AUTOR(ES)
Pereira, Valéria Sabrina
FONTE
Pandaemonium ger.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-06
RESUMO
Em Schimmernder Dunst über CobyCounty (2011), Leif Randt apresenta um condado que seria a mais perfeita representação de uma utopia consumista: localizado à beira-mar, CobyCounty é um lugar de festas abundantes, consumo e bem-estar. O livro, contudo, é narrado por um jovem atormentado pela possibilidade de uma catástrofe que se aproxima, desde que seu melhor amigo abandonou a cidade, ouvindo os conselhos da mãe que se afiliou a uma religião esotérica. Se a perfeição do funcionamento dessa sociedade se aproxima muito de uma utopia, o temor de uma catástrofe anunciada aproxima a obra de uma distopia. Deve-se notar, no entanto, que, ao contrário de utopias e distopias, a obra não apresenta uma força centralizadora de poder - mesmo que a menção ao consumismo e às propagandas seja frequente. Neste artigo, Schimmernder Dunst über CobyCountyserá apresentado à luz dos estudos da utopia e distopia, enfatizando seus laços com o tempo atual, marcado pela dicotomia entre a sociedade de conforto produzida pelo alto desenvolvimento tecnológico e a necessidade de se evitar os excessos produzidos por essa mesma sociedade em nome de uma possível catástrofe ecológica, anunciada por cientistas e ativistas, mas da qual não se percebe o impacto diretamente.
ASSUNTO(S)
utopia distopia literatura contemporânea consumismo
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