Utilização de células mononucleares na regeneração de lesão aguda do VII par craniano : estudo experimental em ratos
AUTOR(ES)
Diogo Marilio Martins
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Introdução: A paralisia facial periférica traz impacto significativo na vida dos pacientes. As causas traumáticas ficam atrás somente da Paralisia de Bell e têm prognóstico variável. Anastomoses término-terminais são viáveis em poucos casos. As células mononucleares têm mostrado bons resultados na regeneração de nervos periféricos, porém não existem estudos com o sétimo par craniano. Objetivos: Estudar a recuperação funcional do nervo facial após lesão aguda com reparação imediata utilizando células mononucleares em um modelo experimental. Material e Método: Estudo experimental, controlado, cegado e randomizado. Foram incluídos dezesseis ratos Wistar divididos em dois grupos. Foi realizada ressecção de quatro milímetros do tronco do nervo facial e, então, interposto um tubo de silicone, preenchido com células mononucleares no grupo 1 e com veículo gelificado no grupo 2. Os animais foram avaliados por teste funcional: análise do movimento das vibrissas, do fechamento da rima ocular e somatório vibrissas-olhos durante 64 dias. Também foi realizado exame macroscópico e histológico no final do estudo. A comparação dos grupos foi realizada por meio das medianas, avaliadas pelo teste U de Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi 5%. Resultados: O DELTA (valor final valor inicial) para o somatório vibrissas-olhos foi -0,50 para o grupo 1 e -1,50 para o grupo 2, mostrando uma recuperação funcional satisfatória em ambos os grupos, com uma melhora precoce no fechamento da rima ocular no grupo das células mononucleares evidenciada pelas medianas entre a segunda e terceira semanas. A área sob a curva, que evidencia o efeito global dos tratamentos, não resultou em diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Conclusões: Os dois grupos, células mononucleares e controle, obtiveram recuperação da mímica facial no teste funcional após a lesão aguda do VII par craniano no período de 64 dias, sendo que o grupo que utilizou as células mononucleares apresentou recuperação mais precoce no critério fechamento da rima ocular.
ASSUNTO(S)
epidemiologia experimental paralisia facial nervo facial - cirurgia cÉlulas medicina medicina ratos de wistar
ACESSO AO ARTIGO
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2334Documentos Relacionados
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