Utilização da toxina botulínica tipo a na disfunção temporomandibular

AUTOR(ES)
FONTE

RGO, Rev. Gaúch. Odontol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-06

RESUMO

RESUMO A desordem temporomandibular pode ser definida como um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular e estruturas associadas. Atualmente entre 40 a 75% da população apresenta algum sinal de desordem temporomandibular, sendo o mais frequente a dor, principalmente localizada nos músculos da mastigação e na região pré-auricular. O caso clínico apresentado foi diagnosticado como desordem temporomandibular muscular por parafunção, hiperatividade muscular antecedida por deslocamento do músculo temporal esquerdo para realização de duas cirurgias, uma para colocação de clips aneurismático e a outra para remoção de um tumor na região supraorbitária do lado esquerdo. A paciente procurou durante 10 anos ajuda médica e odontológica por sofrer com constantes dores de cabeça, cansaço, dor nas bochechas, usou inúmeras placas, medicamentos, porém o efeito desejado nunca fora alcançado. Frente ao histórico foi aplicado o questionário da Academia Americana de Dor Orofacial e o Critério de Pesquisa e Diagnóstico (RDC), e a conduta clinica adotada foi à aplicação de toxina botulínica tipo A nos músculos masseter e temporal. Foi aplicada uma escala de dor analógica ao longo de 90 dias. Já após 3 dias da aplicação da toxina botulínica tipo A, a paciente relatou melhora significativa chegando a nível 0 de dor após 90 dias. Após 12 semanas do início do tratamento, foram acrescidos exercícios para fortalecimento dos músculos da mastigação, sendo que a paciente continuava sem dor, permitindo desta forma a confecção e instalação de prótese tipo Snap-on. Desta forma, o emprego da toxina botulínica em pacientes com desordem temporomandibular deve ser considerado como uma boa opção terapêutica.

ASSUNTO(S)

toxinas botulínicas tipo a odontologia transtornos da articulação temporomandibular.

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