UtilizaÃÃo do polissacarÃdeo da goma de cajueiro (Anacardium occidentale l) em cicatrizaÃÃo cutÃnea experimental

AUTOR(ES)

Maria das Gracas Paiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O processo de cicatrizaÃÃo de ferida à uma resposta fundamental à lesÃo tecidual que envolve extensos eventos celulares, moleculares, fisiolÃgicos e bioquÃmico, tradicionalmente dividida em trÃs fases: inflamatÃria, proliferativa e remodeladora, que se sobrepÃem, resultando na restauraÃÃo da integridade do tecido. Com o objetivo de otimizar a cicatrizaÃÃo in vivo, foi avaliado o efeito do tratamento tÃpico com o polissacarÃdeo da Goma do cajueiro (P-JU; Anacardium occidentale L), em lesÃes cutÃneas experimentais. A cicatrizaÃÃo foi avaliada em camundongos fÃmeas albino suÃÃos, pesando 30Â5g , com idade de 8 semanas, dividido em 6 grupos (n=15/grupo), sendo trÃs grupos controle (NaCl, Ãcido AscÃrbico e FuracinÂ) e trÃs grupos teste (emulsÃo Ãcido AscÃrbico + P-JU) em diferentes concentraÃÃes (75mg/ml, 150mg/ml e 214,3mg/ml). Uma lesÃo de 1cm2 de diÃmetro foi realizada na regiÃo torÃxica dorsal e topicamente tratada em dose Ãnica (200μl) da substÃncia correspondente, no pÃs-operatÃrio imediato, como descrito. Cada ferida foi avaliada diariamente do ponto de vista clÃnico. A contraÃÃo da ferida foi calculada como descrito por Prata (1998). Os resultados foram submetidos à anÃlise estatÃstica usando Teste de Tukey (p≤ 0,05). Ao exame macroscÃpico, considerando: sinais inflamatÃrios, tecido de granulaÃÃo e caracterÃsticas da crosta. Observou-se que, entre os grupos teste (150mg/ml e 214,3mg/ml) feridas com aspecto seco, menos hiperÃmicas e sem edema, enquanto que, as do grupo controle, apresentaram intensa hiperemia, edema e aspecto Ãmido. Quanto Ãs caracterÃsticas da crosta, o grupo teste apresentou, aspecto delgado, distribuiÃÃo uniforme e com desprendimento em torno do 8 dia, quanto aos grupos controle, desenvolveram crostas espessa, irregulares e com esprendimento em torno do 10 dia, algumas se conservando atà o 12  dia, final do experimento. Quanto à anÃlise histopatolÃgica, procedeu-se a biÃpsias no 2Â, 7 e 12 dias de pÃs-operatÃrio. No 2 dia os grupos teste (150mg/ml e 214,3mg/ml) apresentaram maior vascularizaÃÃo, menor volume de exsudato e infiltrados neutrofÃlicos e eosinofÃlicos discretos. No 7 dia os referidos grupos mostraram padrÃo fibrovascular de organizaÃÃo , enquanto que, a angiogÃnese era marcante nos grupos controle. Finalmente, no 12 dia as amostras tratadas com P-JU jà se apresentavam reepitelizadas e com um padrÃo mais ordenado de colagenizaÃÃo. O presente estudo sugere que o P-JU aplicado topicamente em feridas cutÃneas abertas, acelera o processo de cicatrizaÃÃo

ASSUNTO(S)

polissacarÃdeo goma de cajueiro cicatrizaÃÃo cutÃnea bioquimica

Documentos Relacionados

• AvaliaÃÃo do tratamento tÃpico com a lectina de Eugenia mallaccensis frente à cicatrizaÃÃo cutÃnea em camundongos
• Processo de secagem da goma de cajueiro (Anacardium occidentale L.) e suas propriedades tecnolÃgicas.
• Manejo do cajueiro comum (Anacardium occidentale L.) em solos litorâneos.
• Avaliação do tratamento tópico de lesões cutâneas com filmes obtidos do polissacarídeo da goma do cajueiro (Anacardium occidentale L .)
• Ocorrência de Plectrophoroides incertus Voss, 1990, em cajueiro (Anacardium occidentale L.)