UtilizaÃÃo de PsicofÃrmacos entre usuÃrios da AtenÃÃo PrimÃria do MunicÃpio de MaracanaÃ-Cearà / Utilization of psychoactives amongst users who attended in the Primary Care in the city of MaracanaÃ

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

03/06/2008

RESUMO

O presente trabalho objetivou descrever o consumo de psicofÃrmacos entre os usuÃrios assistidos na AtenÃÃo PrimÃria de SaÃde (APS) e encaminhados ao Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) no municÃpio de MaracanaÃ; avaliar a prÃtica de prescriÃÃo, aquisiÃÃo e uso prolongado dos psicofÃrmacos; conhecer o que representa o uso desses medicamentos no dia-a-dia e avaliar os fatores determinantes ao consumo de psicofÃrmacos, entre as variÃveis sociais, econÃmicas, demogrÃficas e biolÃgicas. Trata-se de um estudo epidemiolÃgico, quantitativo, observacional e transversal realizado no perÃodo de setembro de 2006 a fevereiro de 2008, cujo objeto de avaliaÃÃo foram os indivÃduos provenientes da APS e encaminhados ao CAPS. As informaÃÃes foram obtidas atravÃs de um roteiro de entrevista, contendo 57 perguntas. A amostra foi calculada em funÃÃo do nÃmero de pessoas cadastradas e acompanhadas pelo CAPS. No total, foram entrevistadas 200 pessoas, em que 121 (60,5%) afirmaram ter consumido psicofÃrmacos nos Ãltimos 15 dias; destas, a maioria era do sexo feminino, com renda individual mensal atà 2 salÃrios mÃnimos (85,4%), baixa escolaridade (68,8% eram analfabetos) e com algum tipo de doenÃa secundÃria (54,5%). Alguns (20,0%) informaram ser usuÃrios de bebidas alcoÃlicas, 54,0% fumavam e 72,0% nÃo praticavam atividade fÃsica. Quanto à representaÃÃo desses medicamentos no dia-a-dia, a maioria (47,9%) referiu âalÃvioâ. A mÃdia do consumo de psicofÃrmacos foi de 1,5 medicamento por pessoa. A maioria das pessoas (78,3%) os utilizava de forma contÃnua e 73,3% afirmaram nÃo ter recebido orientaÃÃo quanto aos riscos de utilizÃ-los por tempo prolongado. Os mÃdicos foram responsÃveis por 93,9% das indicaÃÃes. Os usuÃrios referiram jà ter tentado parar de tomar esses medicamentos (57,8%), sendo que 78,3% conseguiram isto de forma brusca e outros (75,6%), que estavam fazendo uso hà mais de 12 meses, relataram nÃo ter conseguido parar de tomÃ-los de forma alguma. Os grupos de medicamentos mais consumidos foram: ansiolÃticos (36,5%), antidepressivos (31,5%), antipsicÃticos (17,7%) e antiepilÃpticos (11,0%). Entre os ansiolÃticos o mais consumido foi o diazepam (27,0%). Os principais motivos para o consumo de psicofÃrmacos foram: ânervosismoâ (20,4%), âinsÃniaâ (17,8 %) e âdepressÃoâ (11,6%). Quanto à aquisiÃÃo dos psicofÃrmacos, 41,6% foram adquiridos na farmÃcia do CAPS, mas 24,3% compraram tais medicamentos. Algumas pessoas (18,3%) adquiriam esses produtos sem receita mÃdica e 83,5% utilizavam tambÃm outros medicamentos, destacando-se, segundo a classificaÃÃo ATC, os do Sistema Cardiovascular (39,5%) e do Trato Alimentar e Metabolismo (17,9%). O captopril, hidroclorotiazida, ranitidina, omeprazol, propranolol, prometazina e o paracetamol foram responsÃveis por 38,5% do consumo geral de medicamentos. O estudo possibilitou o aporte de informaÃÃes relevantes acerca do uso de psicofÃrmacos em Maracanaà e sobre seus usuÃrios.

ASSUNTO(S)

atenÃÃo primÃria à saÃde assistÃncia à saÃde antidepressivos farmacia medicamentos psicotrÃpicos saÃde mental medicines psychoactives mental health

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