USOS DE UMA CIDADE DA LIBERDADE: estudantes africanos em Redenção
AUTOR(ES)
Maciel, Wellington
FONTE
Cad. CRH
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
Este trabalho analisa a presença de estudantes estrangeiros na cidade de Redenção, Ceará, Brasil. Seu objetivo é compreender as ressignificações que guineenses produzem do espaço urbano. O estudo busca dialogar com as pesquisas sobre a atual diáspora africana no Brasil. Nesses estudos, sobressaem ênfases nas identidades nacionais recriadas por sujeitos deslocados. Observa-se, porém, uma subvalorização dos condicionantes espaciais ao se interpretar a localização desses sujeitos na “terra do outro”. Argumenta-se, neste artigo, que os usos estrangeiros ocorrem no momento em que Redenção presencia o florescimento de um imaginário de cidade da liberdade, por se tratar do primeiro núcleo urbano a libertar os escravizados em fins do século XIX. Após a instalação da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira em 2010, o novo marco espacial dessa topografia da liberdade, a cidade passou a se apropriar de símbolos que compõem um mosaico de temporalidades históricas contrastantes.
ASSUNTO(S)
estrangeiros linguagem urbana imaginário social diásporas contemporâneas espaço urbano
Documentos Relacionados
- Nas fímbrias da liberdade: agregados, índios, africanos livres e forros na Província de Minas Gerais (século XIX)
- A conquista da liberdade: alforrias de mulheres escravizadas na cidade da Paraíba, século XIX
- Determinismo e liberdade: uma conciliação possível
- Integração e liberdade: uma reflexão histórica
- Da condição social da deficiência à liberdade: uma trajetória acadêmica