Uso potencial de cobertura verde para retardar a epidemia de requeima da batata no Brasil

AUTOR(ES)
FONTE

Summa phytopathol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-09

RESUMO

RESUMO Experimentos de campo foram executados durante a primavera de 2014 e outono e primavera de 2015 para determinar o efeito de cobertura verde no desenvolvimento da epidemia de Phytophthora infestans, no município da Lapa, Estado do Paraná, região Sul do Brasil. As cultivares usadas foram ’Agata’, suscetível, e ‘BRS Ana’, moderadamente suscetível. O principal tratamento consistiu da aplicação manual de uma camada de aproximadamente 10 cm de espessura, com material vegetal recém-colhido (cobertura verde), quando os brotos de batata estavam emergindo. O material para a cobertura verde era o disponível para a época do ano. Para os experimentos de primavera, foi utilizada uma mistura de aveia, centeio e nabiça (60 t/ha) e para os de outono, capim elefante em final de ciclo (90 t/ha). As parcelas consistiram de seis linhas de 10 m, espaçadas de 0,8 m, 28 plantas por linha. O delineamento experimental foi de parcelas pareadas em blocos casualizados, com quatro repetições. Confiou-se em inoculação natural. A porcentagem da área foliar foi estimada semanalmente até o final do ciclo das plantas e a área sob a curva de progresso da doença (AUDPC) foi calculada. A aplicação de cobertura verde reduziu significativamente a AUDPC em 32,1, 12,4 e 23,1%, comparando-se ao controle, em todas as safras para ‘BRS Ana’, e em 26,1, 2,8 e 12,0% para ‘Agata’. O uso de cobertura verde mostrou-se uma prática promissora para entrar no manejo integrado da requeima e proteger a produtividade, especialmente nos períodos mais favoráveis ao desenvolvimento da doença. Mais estudos detalhados devem ser continuados sobre o tipo de plantas, quantidade de cobertura verde a ser usada e a possibilidade de redução da dose ou aumento do intervalo de pulverizações com fungicidas.

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